Foi um resultado «gordo», mas esperado para um jogo entre duas equipas de níveis qualitativos bastante distintos, onde o Sporting não deu espaço a quaisquer possíveis surpresas e aproveitou as fragilidades do modesto, mas corajoso, Dumiense até à última gota. No final, o leão rugiu, venceu por 8-0 e avançou na Taça de Portugal.
A festa da Taça chegava a Alvalade, com o Sporting a receber o «modesto», mas bem acompanhado por uma grande moldura humana, Dumiense, do Campeonato de Portugal. Do lado leonino, Rúben Amorim fazia uma (esperada) pequena revolução no onze inicial, mantendo apenas Hjulmand, Coates, Matheus Reis e Esgaio. Do lado do Dumiense, o treinador Fábio Oliveira também fazia uma revolução, em relação à última jornada do campeonato.
É a festa 🥳da Taça🏆!
O jogo com o @SportingCP ainda nem começou e os adeptos do Dumiense, do Campeonato de Portugal, já estão assim!
E com uma moldura humana que faz inveja a muitos👀 pic.twitter.com/38z3K8VjmT
— ZEROZERO (@zerozeropt) November 26, 2023
Apesar das bancadas de Alvalade estarem longe de estar cheias, o clima era de festa e os adeptos do Dumiense vieram de Braga em massa, embelezando esta eliminatória da Taça. Ora, virando as atenções para dentro das quatro linhas, apesar da rotação profunda imposta por Rúben Amorim, notava-se a diferença qualitativa (esperada e natural) entre os dois lados, de tal modo que o Sporting precisou de apenas oito minutos para inaugurar o marcador, por Luís Neto, num canto.
É que sem bola o Dumiense até se ia defendendo bem, mesmo sem «estacionar o autocarro», embora defendendo sempre com todos atrás da linha da bola, procurando sobrepovoar o miolo em 4x1x4x1. Contudo, as incursões constantes dos alas Esgaio e Matheus Reis, quase sempre pelo interior, para permitir a largura dos extremos, causava facilmente estragos através de mudanças de velocidade e trocas posicionais. Notava-se bem a diferença de nível qualitativo dos intervenientes.
Apenas uma hecatombe faria o Sporting ter problemas num jogo com estas características e os leões certificaram-se de colocar um «ponto final» madrugador, chegando ao 3-o logo no arranque da 2ª parte, aos 47', numa bela jogada coletiva, onde Paulinho serviu Trincão, de calcanhar, à entrada da área e este atirou rasteiro de forma certeira. O controlo e domínio leonino era total, embora os de Dume estivessem novamente atrevidos e a rematar na esquerda, e pouco depois, aos 53', Coates, mais uma vez num canto, fez o 4-0.
Essa dupla, de resto, fez estragos rapidamente e aos 71' bastou uma das famosas arrancadas pela direita de Gyokeres para o sueco ir à linha de fundo cruzar e assistir para o hat-trick de Paulinho. Apenas dois minutos depois, nova arrancada do matador nórdico voltou a fazer estragos, deu em penálti e Nuno Santos converteu de forma exímia. para o 7-0.O jogo não acabaria, no entanto, sem que Gyokeres voltasse a fazer o que queria da defesa e chegasse ao 8-0 final, aos 83', para acabar com o modesto, mas que trouxe uma bonita festa a Alvalade, Dumiense, na Taça de Portugal.
Apenas um desastre assustaria o Sporting num jogo destas características, onde era claramente superior ao adversário - com o devido respeito ao Dumiense - e, por isso, foquemo-nos na bonita festa que vimos do lado dos adeptos forasteiros, com uma moldura humana a fazer inveja a muitos e sempre no apoio à sua equipa. É isto a festa da Taça.
Podíamos apontar a menor produtividade de certos jogadores ou a enorme diferença qualitativa entre as duas equipas, mas isso seria estragar um jogo onde tudo aconteceu como esperado. O Sporting venceu, o Dumiense teve uma noite para lembrar mais tarde (independentemente do resultado) e os seus adeptos fizeram a festa.