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Depois da final de Basileia (Taça dos Vencedores das Taças em 1984) e da final de Viena (Taça dos Campeões Europeus em 1987), Sevilha tornava-se o terceiro capítulo da gloriosa história portista nas competições europeias.
A vitória do FC Porto sobre o Celtic em solo espanhol marcou o primeiro sucesso de José Mourinho na conquista à Europa. Mas o caminho até às margens do Guadalquivir foi longo: Polonia Warszawa, Austria Wien, Lens, Denizlispor, Panathinaikos e Lazio de Roma caíram aos pés dos dragões que sofreram apenas três derrotas na caminhada: na Polónia, em Lens e nas Antas contra os gregos, conseguindo, depois, uma reviravolta épica no Pireu, contra o Panathinaikos (0x2 após prolongamento).
Pela frente, a equipa portuguesa encontrava o Celtic, Campeão Europeu, em Lisboa, em 1967 e que curiosamente chegava também à sua terceira final.
Os escoceses tinham um plantel recheado de internacionais, mas era o sueco Larsson que captava todas as atenções da equipa que iniciou o jogo só com dois escoceses. O FC Porto, por sua vez, começou a partida com nove portugueses - sendo um deles o naturalizado Deco - e mais dois estrangeiros, Alenichev e Derlei.
Nesse 21 de maio, dia de canícula na capital andaluza, o jogo começou a um ritmo lento. Acusando o calor e a pressão do momento, as duas equipas gastaram a primeira hora a estudar-se e, como tal, só aos 32 minutos é que Deco, desmarcado por Capucho, rematou à figura do escocês Douglas.
Como que despertados por este lance, os escoceses lançaram dois ataques rápidos que provocaram os primeiros sustos a Vítor Baía. Reagiu prontamente o FC Porto e Deco esteve perto de marcar novamente, mas foi após uma grande jogada do dez portista que, na sequência de uma recarga de um remate de Alenichev, Derlei inaugurou o marcador.
O intervalo chegou sem dar aos escoceses possibilidade de resposta.
Loucura total
No segundo tempo, os escoceses ganharam um canto logo nos primeiros minutos e Larsson fez jus à fama de goleador ao empatar a partida. Contudo, numa questão de cinco minutos, Deco serviu Alenichev que repôs a vantagem azul e branca.
Mourinho tentou colocar alguma água na fervura pedindo aos jogadores que baixassem o ritmo, como que adivinhando o empate que surgiu três minutos depois novamente por Larsson e novamente por intermédio de um pontapé de canto. Que jogo eletrizante...
Cientes da dificuldade em controlar a partida, ambos os treinadores tentaram acalmar o ritmo de jogo e, até ao fim dos noventa minutos, apenas o FC Porto e, novamente por Alenichev, teve uma oportunidade para desempatar.
Chegou o prolongamento e, com tanto calor, as equipas ressentiram-se e refrearam os ânimos.
Tudo podia ter continuado incerto se o guineense Baldé não recebesse o segundo amarelo. A partir desse momento, o FC Porto pressentiu que estava perto da vitória e começou a empurrar o Celtic para trás.
Ferido e acossado, o Celtic aceitou as “regras do jogo” e manteve-se na expectativa até que Derlei fez o 3x2 aos 115´.
Com cinco minutos para jogar, o Celtic já não pôde reagir e José Mourinho e o FC Porto faziam história ao trazer a primeira Taça UEFA para Portugal.
A festa que começou em Sevilha alastrou à Invicta. Pela noite adentro, os Clérigos e a Giralda de Sevilha presenciaram uma festa até ao nascer do sol...
O Porto sofreu mais uma derrota.
Na Polónia, no jogo da segunda mão da 1ª Ronda, contra o Polónia Varsóvia, o Porto perdeu 2-0. É certo que passou folgadamente graças à vitória por 6-0 na primeira mão, mas não deixou de perder o jogo.
Agradecimento
hm por zerozero.pt
Correto. Muito obrigado pela chamada de atenção.
SY
Mágico FCP!
2012-05-01 12h08m por Syeger
Mais um dia inesquecivel para todos os Portistas. Que equipa! Que orgulho!