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História da edição

Champions 95/96: Em Roma, sê Juventino

Texto por Vasco Sousa
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Pela primeira vez, o formato da Champions manteve-se intacto de uma época para outra, e em 1995/96 mais dois clubes históricos estrearam-se na competição, como grandes candidatos: o Real Madrid e a Juventus. E foi mesmo a equipa transalpina a erguer o troféu, com Paulo Sousa como uma das grandes figuras.

Campeão europeu, mas já sem Rijkaard ou Seedorf, o Ajax voltava a ser um forte candidato à revalidação do título, e demonstrou-o na fase de grupos, com duas vitórias sobre o Real Madrid, que viveu uma temporada complicada, com várias trocas de treinadores.

Para além do Ajax, também Juventus e Spartak estiveram em grande nível na fase de grupos. A Juventus venceu categoricamente em casa do Borussia Dortmund e do Rangers, enquanto o campeão russo foi a única equipa 100% vitoriosa na fase de grupos, num grupo em que o campeão inglês Blackburn foi a grande desilusão, ao perder cinco dos seis jogos realizados.

Nos quartos de final, a eliminatória principal opunha Real Madrid e Juventus. Depois de ter perdido em Madrid pela margem mínima, a Juventus virou a eliminatória ao vencer por 2x0 em Turim. Já o campeão europeu Ajax eliminou sem dificuldades o Borussia Dortmund, com dois triunfos, enquanto o Spartak, que sonhava com um inédito título para o futebol russo, foi afastado pelo Nantes, um dos carrascos do FC Porto na fase de grupos. Para além do Nantes, também o Panathinaikos levou a melhor sobre os portistas e seguiu para as meias-finais da prova depois de eliminar de forma tranquila o surpreendente Legia.

Nas meias-finais, Juventus e Ajax eram os favoritos – e confirmaram-no. Os italianos levaram a mellhor sobre o Nantes (2x0 em casa e derrota por 3x2 em França), enquanto o Ajax apanhou um grande susto: o Panathinaikos venceu em Amesterdão na primeira-mão, enchendo de esperança e confiança os adeptos gregos, mas em Atenas o Ajax demonstrou total superioridade, ao vencer por categóricos 0x3, com um bis de Litmanen.

O jogo decisivo foi disputado em Roma. Por jogar em “casa”, a Juventus apresentava um ligeiro favoritismo, mas a força do Ajax, campeão europeu, era evidente. O início do jogo correu de feição para os italianos, com um golo de Ravanelli, só que, em cima do intervalo, Litmanen (o melhor marcador da prova, com nove golos) empatou o encontro. O equilíbrio foi nota dominante e o jogo acabou decidido no desempate por grandes penalidades. Aí, a Juventus não deu hipóteses: os quatro marcadores não desperdiçaram (Ferrara, Pessotto, Padovano e Jugovic), enquanto Davids e Silooy falharam pela equipa holandesa.

11 anos depos, a Juventus voltava a ser campeão da europa, eternizando nomes como Peruzzi (decisivo na final, defendendo duas grandes penalidades no desempate), Deschamps, Conte ou o tridente atacante constituído por Del Piero, Vialli e Ravanelli. Para além, claro, de Paulo Sousa. O médio fez história, ao tornar-se o primeiro português a conquistar a Liga dos Campeões por uma equipa não portuguesa. E não ficaria por aqui: na época seguinte, voltaria a erguer o troféu, mas aí com a Juventus como adversária.

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jogos históricos
U Quarta, 22 Maio 1996 - 19:30
Stadio Olimpico
Díaz Vega
1-1
(4-2 g.p.)
Fabrizio Ravanelli 12'
Jari Litmanen 41'
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Estádio
Stadio Olimpico
Lotação70634
Medidas105x68
Inauguração1937