Ainda sem qualquer vitória em Rio Maior - casa emprestada do Casa Pia - para o campeonato, os gansos não vencem há praticamente dois meses e fica a pergunta: saudades de Pina Manique?
Do lado visitante, Pablo Villar controlou a partida na segunda parte e viu uma substituição ao minuto 68 decidir o jogo - Soro marcou o golo decisivo (0-1). Com este resultado, o Casa Pia permanece no 12º posto (10 pontos), enquanto o Vizela salta para a 14ª posição (nove pontos).
Em relação ao jogo, Filipe Martins optou por manter as 11 peças que alcançaram um ponto precioso no Estádio da Luz, enquanto Villar - privado de Matheus Pereira (castigado) - optou por fazer uma adaptação e uma mudança no meio campo: Rodrigo Escoval esteve responsável pelo lado esquerdo da defensiva vizelense e Ortiz substituiu Busnic.
Primeira parte muito cinzenta em Rio Maior. Preocupados em não desmontar o xadrez, ambos os conjuntos não deram uma amostra de bom futebol e apenas registaram um par de ocasiões, respetivamente.
O primeiro sinal de perigo pertenceu aos homens da casa - Jajá, o mais agitado, permitiu uma intervenção segura a Buntic -, ao passo que, de seguida, Samuel Essende, na sequência de um livre de laboratório, rematou rasteiro, forte, mas ao lado: Ricardo Batista controlou com os olhos.
De resto, as melhores oportunidades do primeiro tempo apenas surgiram perto do final: Jajá, novamente ele, disparou forte, mas o remate saiu desviado e ligeiramente por cima. Depois, já em tempo de compensação, foi Escoval a fazer tremer a defensiva lisboeta com um cabeceamento ao lado, na sequência de um canto. Mas, em suma, foram 45 minutos bem disputados, mas pouco abrilhantados pelos protagonistas que evitaram colocar qualquer tipo de risco no jogo.
Alguma anarquia, momentos de muito bom futebol e golo! Tivemos futebol em Rio Maior, finalmente. O Casa Pia foi, novamente, a primeira equipa a criar perigo - Felippe Cardoso cabeceou por cima -, no entanto, foi o Vizela quem mais confortável se apresentou no jogo. Forte nas transições e seguros defensivamente, os homens vizelenses assumiram as rédeas da partida e, sem surpresa, acabaram por chegar ao golo.
Depois de vários avisos e jogadas de perigo - Nuno Moreira e Samu Silva foram dos mais interventivos e proporcionaram boas intervenções a Ricardo Batista -, o golo viria a surgir através de Alberto Soro.
O espanhol saltou do banco ao minuto 68 e, ao min 70', no primeiro toque, faturou: Tomás Silva progrediu bem no corredor direito, cruzou tenso para Nuno Moreira que, com um remate falhado, acabou por deixar a bola redondinha para Soro - de primeira - decidir o encontro. Belo golo. Até final, Buntic ainda foi herói com uma enorme defesa a (mais) um remate de Jajá.
Muito criticado neste arranque de temporada, o técnico espanhol conseguiu superiorizar-se a Filipe Martins e fez o xeque-mate com a substituição ao min 68': entrada de Soro que viria a ser decisiva.
A precisar de marcar, o Casa Pia não mostrou a sua melhor versão ofensiva. Jajá - quase sempre ele - foi dos poucos a lutar contra a corrente, sendo que, coletivamente, a equipa lisboeta pouco perigo conseguiu criar.
David Rafael Silva realizou uma arbitragem tranquila e sem grandes casos. Poderia ter admoestado Zolotic com um cartão amarelo após uma falta durinha sobre Nuno Moreira. O central acabou, ainda assim, por ser (bem) admoestado mais tarde.