Dez minutos de velocidade, criatividade e eficácia. Foi «apenas» disto que o SC Braga precisou para dar a volta ao Portimonense (6-1) e somar mais três pontos na Liga Portugal Betclic, que catapultam os minhotos - à condição - para o quarto lugar da tabela classificativa.
Artur Jorge promoveu várias alterações em relação ao onze que defrontou o Casa Pia, na quarta-feira, para a Allianz Cup. Do outro lado, Paulo Sérgio montou a equipa num 4-4-2 em momento defensivo, em bloco médio/baixo, e deu pela sua equipa em vantagem numa fase muito precoce e onde ainda não havia um sentido de jogo bem definido. Na bola parada, Pedrão abriu o ativo aos dez minutos.
Reagiu bem a equipa da casa e o sentido que o jogo ia ter ficou rapidamente esclarecido, até porque o Portimonense, agradado com o resultado, caiu à tentação de baixar linhas e esperar por um contra-ataque que nunca apareceu. Os algarvios mantiveram-se capazes de incomodar apenas de bola parada, mas sobreviveram a 45 minutos de maior controlo arsenalista, sim, mas de uma série de finalizações em posições não tão privilegiadas. Bruma ainda ficou perto de empatar e Álvaro Djaló só não o fez porque a trave não deixou.
Bruma já tinha sido dos mais irrequietos na primeira parte, assim como Ricardo Horta, que partiu do meio para acabar várias vezes à esquerda e a semear o terror na defesa alvinegra, a meias com o colega. E foram os dois, uma vez mais, a causar estragos: o extremo assistiu e o capitão desviou para o empate logo nos instantes iniciais do segundo tempo.
Mais agressivo no ataque a espaços de finalização e mais rápido em todas as suas ações, o SC Braga arrancou para dez minutos a roçar a perfeição e resolveu a sua vida. Logo após o empate, Bruma não assinou a reviravolta porque Vinicius não deixou, mas o «assalto» minhoto resultou em grande penalidade aos 52 minutos e Al Musrati confirmou a cambalhota no marcador. Sem tirar o pé do acelerador, o conjunto da casa fez o terceiro aos 58', por intermédio de Álvaro Djaló.
Numa segunda parte de tremenda eficácia e onde a grande diferença esteve nos espaços que a equipa encontrou para finalizar, bem mais promissores do que no primeiro tempo, Simon Banza também aproveitou para abrilhantar uma exibição que já estava a ser bastante positiva. Um, dois, três golos do ponta de lança arsenalista, agora isolado no topo dos melhores marcadores da prova com dez golos.
Agora com 20 pontos, o SC Braga «salta» para o quarto lugar da classificação, ainda que de forma provisória. Tem a palavra o eterno rival minhoto, o Vitória SC, que joga, este domingo, em Moreira de Cónegos e pode recuperar a posição.
A exibição de Simon Banza já estava a ser positiva e em crescendo, com muito trabalho em prol da equipa, mas foi fortemente abrilhantada por um hat-trick num curto espaço de tempo e que o fez chegar aos dez golos no campeonato.
A segunda parte da equipa do Portimonense é algo que Paulo Sérgio não deverá querer voltar a ver esta temporada. A equipa algarvia regressou dos balneários completamente desligada do jogo, sofreu três golos em 11 minutos e saiu de Braga com uma pesada goleada.
Sem erros grosseiros e que influenciassem o resultado, Luís Godinho teve ainda assim alguns deslizes dignos de registo na sua exibição. Interrompeu em demasia o jogo para assinalar faltas quando podia ter deixado seguir a partida na posse da equipa que sofreu a infração.