Um Casa Pia com uma derrota nos últimos seis jogos e um Estrela da Amadora que não vencia há quatro encontraram-se, este domingo, em Rio Maior para a oitava jornada da Liga Portugal Betclic. Os tricolores foram mais felizes num jogo de pouca cor e encerraram a série negativa com um triunfo por 0-1.
As duas equipas apresentaram-se com algumas mudanças em relação aos últimos compromissos. O encontro arrancou com uma toada lenta, de muita perda e recuperação de posse por parte de ambos os lados e sem lances de perigo para as balizas defendidas por Ricardo Batista e António Filipe.
Seria de esperar que, findos os primeiros minutos de reconhecimento de parte a parte, o jogo pudesse abrir e ganhar outra vida. Porém, tal nunca veio a acontecer. A primeira parte decorreu a bom ritmo no que diz respeito ao relógio, já que não teve grandes paragens, mas o mesmo não se pode dizer do ritmo da partida.
O corredor central pouco existiu durante 45 minutos para as duas equipas, que apostaram em atacar maioritariamente pelos flancos, de forma a procurar explorar a profundidade conferida pelos alas. O Estrela da Amadora foi quem tirou melhor partido disso durante a etapa inaugural, conquistando uma série de pontapés de canto, mas que se revelaram infrutíferos. Oportunidades de golo, essas, nem vê-las.
No regresso dos balneários, é seguro dizer que as coisas não melhoraram para a segunda parte. As dificuldades de ambos os lados no momento ofensivo persistiu e o encontro continuou com um nível baixo em termos qualitativos. A dança das substituições fez melhor à equipa de Sérgio Vieira do que à de Filipe Martins e foi a partir do banco que os forasteiros desenharam a vitória.
Antes disso, porém, o Estrela da Amadora já tinha desperdiçado a melhor ocasião de golo de toda a partida. O lance começa num pontapé de canto a favor do Casa Pia, mas que acaba com uma transição rápida dos visitantes e com Ronald Pereira a aparecer com meio-campo para correr, completamente sozinho, em direção à baliza de Ricardo Batista. Na hora da finalização, no entanto, o camisola 90 teve demasiada pontaria e acertou no poste.
Num último esforço, Sérgio Vieira lançou Ronaldo Tavares e Alioune Ndour em cima do minuto 80. Bendita a hora em que o técnico pensou na alteração, já que os dois trouxeram um balão de oxigénio muito necessário ao ataque da equipa. Nos derradeiros minutos, o Estrela da Amadora cresceu, assumiu um ligeiro domínio e mostrou ser a equipa mais insatisfeita com o resultado. A iniciativa acabou premiada, com Ndour a assistir Ronaldo Tavares para o golo da vitória, já bem perto do fim.
Ultrapassada a série negativa, o Estrela da Amadora respira agora melhor na tabela classificativa. A turma da Reboleira subiu ao 11.º lugar, com oito pontos, menos um do que o adversário desta tarde, que segue imediatamente acima.
Saiu do banco para fazer aquilo que nenhum outro conseguiu durante mais de 90 minutos: fazer golo. Foi a arma secreta de Sérgio Vieira para encerrar uma série de quatro jogos sem vencer.
Não foi um jogo apelativo para o adepto. As duas equipas imprimiram um ritmo lento no encontro e revelaram muita falta de criatividade ofensiva, o que se traduziu em pouquíssimas oportunidades de golo.
Arbitragem tranquila de José Bessa. O encontro também não lhe ofereceu grandes desafios, mas soube manter o critério e o jogo sob controlo.