Emotivo, mas longe do melhor que Desportivo de Chaves e Estoril Praia têm capacidade para apresentar. Um tento em cada parte resultou na igualdade no confronto das equipas em Trás-os- Montes, com os flavienses a interromperem uma série de desaires consecutivos.
Para Vítor Campelos fica o lamento da vantagem desperdiçada e a falta de impacto das unidades que foram lançadas com o decorrer do jogo. Já no lado visitante, mais uma prova da enorme vontade da equipa de Nélson Veríssimo, mesmo em noite de reduzida inspiração.
De forma expectável, as equipas procuraram assumir o controlo do jogo, fechado durante grande parte do primeiro tempo. Quando surgiam espaços, a definição não aparecia com qualidade e alguns elementos pareciam acusar a curta pausa competitiva. Em estreia, Carlos Ponck acabou por cometer grande penalidade e originar uma excelente oportunidade para os Canarinhos, ao desviar com o braço um remate de Tiago Gouveia.
Responsável pela execução do castigo máximo, Francisco Geraldes revelou demasiada pontaria e acertou no poste. De forma natural, a moral aumentou no lado flaviense, que viria a chegar ao golo de bola parada.
Após canto batido por João Teixeira, o espanhol Héctor Hernández finalizou de primeira para golo, num excelente gesto técnico. Em desvantagem, o Estoril Praia mostrava necessidade de maior agressividade no jogo, com a equipa de Nélson Veríssimo a revelar essa faceta depois do descanso.
Com o jogo mais aberto, as situações junto das balizas aumentaram no regresso dos balneários. Rodrigo Martins assumiu nesta parte protagonismo a partiu para uma excelente exibição, com a sua dinâmica a criar problemas à defesa adversária.
De um passe longo e uma má abordagem de João Correia nasceu o tento do empate. Ao seu estilo, Tiago Gouveia cavalgou em potência e serviu no espaço Rodrigo Martins, que atirou cruzado para o golo - a bola ainda desviou em Nélson Monte.
Até ao final, o Estoril Praia mostrou mais rotação e capacidade de procurar triunfo, embora sem eficácia nos lances prometedores que dispôs. Nota para a enorme desinspiração dos conjuntos na reta final, com alguns momentos até cómicos pelas deficiências técnicas reveladas.
Vem a ganhar confiança e é já peça fulcral nesta equipa. Foi o grande agitador canarinho e principal responsável pelo resgate de um ponto dos Canarinhos. Surpresa só para quem não o acompanhou em Mafra na última época.
Acabaram por ter impacto na reta final do jogo. As três apostas de Vítor Campelos revelaram grande desinspiração e não estiveram à altura dos atletas que substituíram. Fica a ideia que não há grandes soluções neste plantel após o desfalque no fecho de mercado.
Jogo sem grandes problemas para Fábio Veríssimo. Bem na análise aos lances mais complicados.