Vitória, vitória, vitória! 3/3. Portugal fechou a janela de setembro para os compromissos das seleções nacionais com mais um triunfo, desta feita na visita a Baku (0x3), capital do Azerbaijão, em mais uma jornada a contar para a qualificação para o Campeonato do Mundo de 2022. Sem Cristiano, entrou em vigor a democracia do golo, com Bernardo Silva, André Silva e Diogo Jota a darem brilho a uma partida de domínio avassalador da equipa das quinas.
Depois de República da Irlanda e Catar, este último de caráter particular, o Azerbaijão perfilava-se com sendo um adversário (bastante) acessível para a Seleção Nacional carimbar mais três pontos nesta caminhada rumo ao Mundial do próximo ano. Ainda assim, era preciso passar da teoria à prática e confirmar todo o favoritismo, sendo que na memória estava bem presente o duelo da primeira volta, onde Portugal conseguiu apenas desfazer o nó da igualdade graças a um auto-golo.
Há mais de 2 anos que o 🇦🇿Azerbaijão não sofria 3 + golos num jogo: em junho de 2019, perdeu por 1-5 frente à Eslováquia pic.twitter.com/OUSndpmMxT
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Além disso, a formação azeri, liderada pelo italiano De Biasi, pese seguir na cauda do grupo A, com apenas um ponto conquistado, tinha apresentado ao longo da qualificação um registo bastante particular - três derrotas pela margem mínima e um empate -, sinal claro de trabalho dificultado para os adversários, assente numa ideia e modelo de características defensivas, à boa moda italiana.
Na ausência de Cristiano Ronaldo, castigado, Fernando Santos apostou num modelo híbrido, com vários elementos talentosos do meio campo para a frente, como Bruno Fernandes, Bernardo Silva e Diogo Jota, e com André Silva como referência ofensiva. Com tanta qualidade, difícil seria não ter bola.
A armada portuguesa assumiu desde muito cedo esse domínio, ao nível da posse de bola e de oportunidades criadas junto à baliza de Magomedaliev, apanhando pela frente um bloco baixo, muitas vezes com 10 homens atrás da linha da bola, um adversário que teve muitas dificuldades para passar o meio-campo português.
Aos 25 minutos, já depois de muitas aproximações, a muralha azeri ruiu. Bruno Fernandes assistiu de forma primorosa Bernardo Silva para o primeiro golo da Seleção Nacional, de calcanhar. Pouco depois, Bruno Fernandes colocou em Jota, o avançado do Liverpool passou para André Silva e o camisola 9 atirou para o 0x2.
A vantagem madrugadora facilitou ainda mais o trabalho do conjunto português. Se ao início já era complicado para o Azerbaijão, após os dois golos os azeris continuaram a ver jogar e só conseguiram chegar perto da baliza de Rui Patrício junto ao intervalo. Mas sem que o guarda-redes tivesse sequer de aplicar as suas qualidades. Zero.
4.ª vitória de 🇵🇹Portugal nesta fase de qualificação, em 5 jogos
⚠Maior vitória de Portugal neste apuramento, na 2.ª vez que marcou 3 golos num jogo (1-3 ao Luxemburgo; 0-3 ao Azerbaijão) pic.twitter.com/Kjpipav8AF
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No regresso para o segundo tempo, Portugal alternou entre um domínio passivo, sem grande aperto por parte do adversário, e um domínio ativo, com mais uma mão cheia de ocasiões de golo, que podia ter dado um colorido ainda mais vivo à vitória portuguesa.
Diogo Jota foi o rosto mais ativo na hora da finalização e depois de algum desacerto - nota para uma defesa extraordinária de Magomedaliev - lá conseguiu inscrever o seu nome na lista de marcadores. Passe magistral de Cancelo pelo corredor direito e cabeçada certeira de Jota. Ponto final.
Continua assim a pressão da equipa das quinas à Sérvia pela liderança do Grupo A. Até outubro.
Jogo de sentido único em Baku. Portugal dominou a partida do primeiro ao último minuto, não dando a mínima oportunidade ao conjunto azeri.
O Azerbaijão não conseguiu apresentar argumentos suficientes para fazer frente a Portugal, limitando-se durante 95% do tempo a defender a sua baliza.