Grande jogo de futebol na Amoreira a terminar com um empate a duas bolas. O FC Porto esteve a vencer, permitiu o empate e a reviravolta do Estoril, evitando a derrota nos descontos do segundo tempo com um golo de Óliver. Com este resultado, os dragões permitem a fuga do Benfica no topo.
Forte atitude do Estoril
O FC Porto foi o último dos três grandes a entrar em campo e sabia que uma vitória na Amoreira permitiria não perder terreno para o Benfica (e o surpreendente Vitória de Guimarães) e alargar vantagens para o Sporting, que tinha empatado a um golo algum tempo antes, em Alvalade.
Seria mesmo o atleta africano a abrir o marcador, aos 20 minutos. Numa jogada junto à linha de fundo, Brahimi recebeu no lado esquerdo, passou por dois adversários num espaço reduzido e atirou para a baliza de Pawel Kieszek, que ainda tocou na bola mas não impediu o golo.
O Estoril, que até estava bem em campo, não se deixou afetar pelo golo. Com uma frente de ataque muito mexida foi criando perigo, quase sempre por Sebá ou Kuca, jogador sempre irrequieto e a dar muito trabalho à defesa portista. De resto, Kuca puxou pela sua equipa e levou os seus adeptos a reclamar uma decisão da arbitragem. Aos 26 minutos, numa jogada de contra-ataque, deu-se um corte da defesa portista e os estorilistas ficaram a pedir grande penalidade, que o árbitro não considerou, após um lance de complicada análise.Mas os adeptos da equipa amarela não tinham que esperar muito até saltarem das cadeiras para fazer a festa do golo. É que nesse mesmo minuto, Emídio Rafael fez um cruzamento atrasado com desvio na área de Kuca para o empate.
Até ao descanso, viu-se um FC Porto a controlar mas não a dominar na Linha, num relvado que viu um futebol rápido e emocionante. A verdade é que o jogo começava a pedir Quintero em campo, talvez para a saída de um apagado Adrián. Dito e feito por Lopetegui no segundo tempo, numa altura em que lançou Aboubakar e Quintero (Casemiro também saiu).
O FC Porto pressionava melhor que no primeiro tempo e o Estoril tinha maiores dificuldades para sair a jogar. Com a entrada, sobretudo de Quintero, pensava-se que o jogo poderia mudar bastante de figurino. E mudou. Herrera baixou para a posição 6 e Quintero passou a jogar nas costas de Aboubakar e Jackson, tendo Quaresma e Brahimi bem abertos nas alas.O jogo estava como que 'adormecido' e era preciso o FC Porto abanar o ritmo. Para o Estoril, que vinha de uma longa deslocação a Moscovo para a Liga Europa, na última quinta-feira, o jogo morno favorecia. Mas seria, curiosamente, um jogador dos canarinhos a abanar a partida. Tozé, aos 79 minutos, sofreu falta de Fabiano dentro da grande área. Tudo começou num lance em que Sebá, antigo jogador do FC Porto, rematou para a defesa incompleta de Fabiano e depois Tozé, também ele com ligação à casa azul e branca, correu à bola e chegou primeiro que Fabiano. Artur Soares Dias assinalou a penalidade que o próprio Tozé marcou, pedindo depois desculpa aos adeptos portistas que estavam por trás da baliza.
E foi já nos descontos que os dragões empataram por Óliver. Jackson ganhou nas alturas e o espanhol segurou a bola no ar e depois bateu o guarda-redes do Estoril. A história do jogo ainda teria mais um momento, aquele em que Kieszek negou o golo da vitória ao FC Porto, num remate de Jackson.