Portugal sofre golos há quatro jogos consecutivos, todos de caráter particular. Se é para errar que seja agora, não é? E a verdade é que as várias mexidas num setor que se quer com o máximo de entrosamento não ajudam. Pois bem, é isso que tem acontecido. Olhemos então para esses quatro jogos.
Uma análise mais geral permite tirar uma conclusão clara desses quatro encontros: a defesa portuguesa tem sido o setor com mais mexidas e muitos dos elementos de que iremos falar a seguir acabaram por não estar presentes na convocatória da seleção. Olhando mais a fundo, Fernando Santos não repetiu uma dupla de centrais nesses quatro jogos em que Portugal sofreu golos.
Segundo teste. Já em 2018, Portugal venceu (1x2) a seleção do Egito, com os dois golos do triunfo a aparecerem nos descontos. Beto voltou a ser o guarda-redes, mas a defesa do particular com a seleção norte americana mudou por completo. Bruno Alves e Rolando foram os centrais (o defesa do Marselha não foi convocado para o Mundial), Cédric e Raphäel Guerreiro foram os laterais. Neste particular Fernando Santos não fez qualquer substituição no setor defensivo.
Se nos dois primeiros jogos Portugal sofreu um golo em cada, os verdadeiros sinais de alerta chegaram nos particulares mais recentes, diante de Holanda e Tunísia.
No último particular, o primeiro com a lista final de convocados para o Mundial, mais dois golos sofridos. A seleção da Tunísia não é propriamente uma potência ofensiva, ainda assim Portugal sentiu dificuldades. A defesa voltou a ter muitas mudanças, entre elas uma estreia, a de Rúben Dias.
O defesa do Benfica formou dupla no eixo central com Pepe, nas laterais estiveram Ricardo Pereira e Raphäel Guerreiro e na baliza voltou a estar Anthony Lopes. Para este encontro entraram ainda, para o setor defensivo José Fonte, Mário Rui e Cédric.
Terminamos esta análise com mais uma nota interessante. Nos quatro jogos que fomos analisar, Rui Patrício, provável titular no Mundial, não foi utilizado um único minuto.