Primeiro capítulo de uma história repleta de favoritismo

Fase de Qualificação para o Campeonato da Europa, Capítulo 1. É já esta sexta-feira que a Seleção Nacional feminina vai iniciar a sua caminhada para garantir a presença no Europeu do próximo ano, que vai decorrer na Suíça. 

Como já foi noticiado, a qualificação está integrada na Liga das Nações e, por isso, há dois objetivos em cima da mesa para Portugal: terminar no 1º lugar do grupo para subir à Liga A e, ainda mais importante, assegurar e ultrapassar os dois play-offs que se seguem a esta fase de grupos, para estar presente no Europeu.

Posto isto, vamos ao que interessa. Portugal defronta, mais logo, a Bósnia no Estádio Municipal de Leiria e, para a equipa das Quinas, só há um resultado positivo: a vitória. 

Integrado num grupo em que é claramente favorito - Portugal é a equipa mais bem cotada em termos de ranking de toda a Liga B -, não há nenhuma surpresa em dizer que a equipa das Quinas tem capacidade e favoritismo para vencer todos os jogos desta primeira etapa, diante de Bósnia, Malta e Irlanda do Norte. 

1. Bósnia-Herzegovina 

No que respeita ao primeiro adversário, 63º classificado no Ranking FIFA, a Bósnia apresenta-se como uma das seleções candidatas à surpresa. A equipa agora comandada por Selver Hodzic (no cargo desde março) tem demonstrado claros sinais de crescimento e, recorde-se, até chegou ao primeiro play-off de acesso ao último Mundial, através do qual Portugal foi apurado. 

Mais recentemente, chegou também ao play-off de subida à Liga A, mas o adversário que calhou em sorte não deu hipóteses. Diante da Suécia, as nórdicas não deram lugar a surpresas e ganharam a eliminatória por 10-0, em dois jogos cujo resultado foi 5-0. 

No que respeita às figuras da Bósnia, este conjunto de leste conta com várias jogadoras em Itália e na Turquia, mas a cara mais conhecida para os portugueses atua na Liga BPI. Falamos de Melisa Hasanbegovic, defesa central que já representou o Sporting e agora veste as cores do SC Braga. 

Assim, e ainda que seja um adversário que requer cautelas por parte de Portugal, principalmente quando jogar em casa, não deixa de ser uma equipa que tem lacunas defensivas bem evidentes e que precisam de ser exploradas por Portugal. Exige-se concentração e foco para tornar fácil um jogo que, caso os golos não surjam cedo, pode tornar-se complicado para as Navegadoras. 

Aposta na experiência

Posto isto, e calculando que Francisco Neto não quer grandes riscos neste primeiro embate, o onze de Portugal não deverá contar com nenhuma das jogadoras que ainda somam poucos minutos na seleção. 

Na baliza, a dúvida é a recorrente, mas o palpite do zerozero vai para Patrícia Morais. Na defesa, e estimando que o sistema de Portugal se mantém no 4-3-3, o selecionador nacional não deverá abdicar de Ana Borges (DD) e Carole Costa (DC). A estas, e com mais margem de erro, podem juntar-se Diana Gomes (DC) e Joana Marchão (DE). 

No miolo, Dolores Silva, Kika e Tatiana Pinto deverão ser as escolhas, compensadas pelo ataque que poderá contar com Carolina Mendes, Jéssica Silva e Diana Silva. 

No global, as maiores dúvidas residem na ala esquerda de Portugal, com Amado, Lúcia e Nelly na calha, na posição seis, que poderá perfeitamente ser ocupada por Andreia Jacinto ou Andreia Faria, e ainda no ataque, cujas opções podem recair sobre Ana Capeta, Nádia Gomes ou Beatriz Fonseca.