Pinto da Costa: «Gostava sempre que qualquer equipa portuguesa ganhasse uma prova internacional»

Pinto da Costa, presidente do FC Porto, deu uma extensa entrevista à Rádio Renascença onde abordou os mais variados temas relacionados com a atualidade azul e branca, entre as quais a situação financeira do clube, e as acusações de ter falhado novamente o Fair Play financeiro, e a importância dos milhões das provas europeias na próxima época.

«O cenário claro que tem impacto, mas indo à Liga Europa também recebemos dinheiro, que será mais do que costume. E para compensar temos o que nunca tivemos, nem prevíamos: os 50 milhões que vamos receber por estar no Campeonato do Mundo de Clubes. É uma verba extra que vai tapar o buraco de uma verba normal que não entra», começou por dizer, sobre a não ida à Liga dos Campeões.

«Não pagou nada [multa de 2 milhões], não senhora. O FC Porto, conforme se diz no comunicado, no dia 31 de março, na avaliação das condições de licenciamento para a participação nas competições, cumpria todos os requisitos, pelo que já recebeu a licença para participar nas provas europeias da próxima temporada. Nunca falaram em multa. Olhe, hoje por acaso quando cheguei ao carro tinha uma multa [risos], por mau estacionamento», acrescentou.

Questionado sobre se gostaria de ver o Benfica vencer esta Liga Europa para aumentar hipóteses do FC Porto ir à Liga dos Campeões - encarnados precisavam de ficar em 3º no campeonato -, Pinto da Costa foi sincero: «Independentemente de abrir ou não abrir, gostava sempre que qualquer equipa portuguesa ganhasse uma prova internacional. Naturalmente que não vou ser hipócrita: em Portugal, quero que o Benfica perca sempre. Mas, quando qualquer equipa nacional está a jogar no estrangeiro, quero que ganhe. Obviamente queria que ganhasse.»

«Não redobrava, o FC Porto não está à espera disso. Agora, se isso vier por acréscimo, muito bem. O que desejo é que todas as equipas que estejam em provas internacionais vão o mais longe possível e, se puderem vencê-las, ótimo, não só para o clube, como para o futebol português», concluiu.