Atalanta, heroína da mitologia grega, endeusada como nunca em Bergamo. A mais amada representação desportiva desta cidade da Lombardia italiana acaba de conseguir o seu maior feito, com uma inédita presença numa final europeia (3-0).
O Marseille não teve argumentos para a máquina afinada de Gasperini, decida e superior ao adversário. O projeto merecia um feito deste nível!
Cafés que acabam às 06h00 numa discoteca, transferências insólitas do nosso Negócio Mistério ou este Marseille nas meias-finais da Liga Europa: coisas que não sabemos como, mas acontecem.
Os sinais estavam lá e foram confirmados esta quinta-feira. A equipa francesa foi subjugada pela competência e qualidade da Atalanta, que fez pela vida para resolver a eliminatória e garantir o apuramento para a final. O 1-0 ao intervalo era curto para o domínio dos transalpinos, perante um adversário cujo processo ofensivo consistiu em meter bolas em Aubameyang e esperar um rasgo do gabonês.
As oportunidades não demoram a surgir, com Pau López e os ferros a adiarem a chegada do golo. Em transição, porém, a Deusa encontrou o caminho da baliza. Lookman o responsável, com o remate ainda a desviar em Gigot antes de chegar às redes.
A toada continuou e o Marseille podia nem ter chegado com hipóteses na eliminatória ao intervalo. A reação foi curta, mas teve um sinal forte num chapéu perigo de Ndiaye. Contudo, um momento de grande inspiração praticamente fechou a passagem da Atalanta.
Ruggeri encheu-se de confiança e, após tabela, entrou na área adversária. Com um remate forte fez o segundo golo do conjunto de Bergamo, com a Atalanta confiante em bloco mais baixo até final.
O último golpe chegou pelo poder físico de El Bilal Touré. Gasperini, velha raposa, tem a oportunidade de conquistar o primeiro título da carreira. Dublin espera pela Deusa.
Uma final que o projeto de Gasperini em Bergamo já merecia. Equipa bem trabalhada, intensa e que raramente muda os seus princípios independentemente do adversário. O jogo com o Bayer Leverkusen promete ser de grande riqueza tática.
Exibição triste e de pouco rasgo. O Marseille não teve resposta para o adversário, confirmando os sinais negativos que tem apresentado na presente época. Uma exibição que aumenta a frustração do Benfica, mais do que capaz para ter estado a disputar estas meias-finais.
Exibição segura e sem erros a apontar ao árbitro Gil Manzano.