Num encontro entre técnicos espanhóis, foi o Barcelona a sair de França com a vantagem mínima na eliminatória. Com cinco golos no total, os catalães venceram por 2-3, com os golos do triunfo a serem apontados por Raphinha (um bis) e Andreas Christensen, contrastando com os remates certeiros de Ousmane Dembélé e Vitinha.
Os dois treinadores operaram algumas mudanças relativamente ao último onze apresentado. Luís Enrique voltou a contar com os habituais titulares, enquanto Xavi Hernández apostou em Ronald Araújo e Frenkie de Jong nos lugares que pertenceram a Iñigo Martínez e Fermín López, ambos presentes no banco de suplentes.
O ambiente no Parc des Princes esteve condizente à dimensão do jogo apresentado. Duas equipas que têm ambições claras de chegar às fases mais adiantadas da UEFA Champions League e que contam com protagonistas nesse sentido. Estava tudo pronto para um grande espetáculo durante 90 minutos. Depois de uma terça-feira ao mais alto nível, reuniram-se os ingredientes necessários para mais uma noite europeia.
Foi com naturalidade, portanto, que os parisienses tentaram implementar o fator casa. Com Nuno Mendes em destaque, uma vez que ficou encarregue da ala esquerda, os comandados de Luís Enrique contaram com o controlo inicial da posse de bola. Algumas oportunidades para testar os reflexos de ter Stegen marcaram os primeiros 20 minutos no encontro. No entanto, a primeira chance de perigo... pertenceu ao Barcelona.
O brasileiro aproveitou um corte incompleto de Donnarumma e, de pé direito, fez o primeiro golo do encontro, após um claro crescimento por parte dos catalães, cada vez mais confiantes e capazes de travar as principais armas por parte do PSG - Kylian Mbappé esteve muito desinspirado.
Não estava fácil para os gauleses e a leitura de jogo do técnico ao intervalo demonstrou isso mesmo.
Luís Enrique recorreu ao banco de suplentes para apostar em Bradley Barcola no lugar de Marco Asensio, um dos elementos que passou ao lado na primeira parte. E os efeitos desejados não demoraram muito a aparecer, uma vez que os parisienses marcaram dois golos em pouco menos de cinco minutos. Ousmane Dembélé aplicou a lei do ex e, depois de ganhar espaço, rematou forte de pé direito, sem hipóteses para Marc André ter Stegen.
Sem muito tempo para respirar, coube a Vitinha fazer o 2-1. O médio, assistido por Fabián Ruiz, fugiu nas costas da defesa e rematou cruzado para operar a reviravolta. Pesadelos para uns, felicidade para outros. Tudo mudou num piscar de olhos e a emoção estava cada vez mais presente em Paris.
Entre oportunidade cá e oportunidade lá, assim como uma bola ao poste por parte de Dembélé, o ponto final chegou ao minuto 77. Andreas Christensen, que também foi lançado com o decorrer da partida, saltou mais alto que os adversários e cabeceou para dentro da baliza contrária.
Tudo contado e ficamos com pena de ter de esperar mais alguns dias pela segunda mão. Jogaço!
Cinco golos no Parc des Princes. Incerteza até ao apito final e mais uma grande partida nos quartos-de-final da UEFA Champions League. O encontro entre Paris SG e Barcelona não desiludiu e contou com mais um capítulo emocionante no histórico de confrontos entre os dois conjuntos. Se a segunda mão contar com os mesmos ingredientes...
Numa altura em que a equipa precisava da sua qualidade, o camisola sete passou ao lado e nunca conseguiu, ao longo dos 90 minutos, fazer a diferença. Perdeu alguns duelos individuais, não marcou nem assistiu, apesar de ter disputado o encontro inteiro. Para tentar reverter a eliminatória, será necessário um Mbappé ao mais alto nível...
Anthony Taylor teve uma noite atribulada, mas conseguiu, na medida do possível, controlar todas as incidências do encontro.