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      A história do international cap

      Por falar em râguebi... Sabia que uma internacionalização valia um boné?

      Portugal fez história este domingo, em Toulouse, ao bater as Fiji para alcançar, em jeito de despedida, a sua primeira vitória de sempre num Campeonato do Mundo de Râguebi. Momento histórico para o país e para a modalidade, que por consequência vive um dos momentos mais mediáticos da sua história.

      Aproveitando essa onda, e por falar em história, porque não dar um passeio pelas memórias? Foi isso que fizemos, acabando por recuperar um objeto em específico...

      Se acompanha râguebi então provavelmente está familiarizado com as caps - ou internacionalizações - e os bonés que a elas estão associados, mas talvez não saiba que essa relíquia que começa a cair em desuso já passou pelo mesmo processo no futebol, onde tem origem. Explicamos de seguida.

      Jogadores da Irlanda posam com os bonés alusivos ao Mundial de 2023, na abertura do mesmo @Getty /


      Tudo começou a 30 de novembro de 1872, quando Escócia e Inglaterra disputaram o primeiro jogo internacional de futebol. Ilustrações desse histórico 0-0, disputado nos tempos mais rudimentares de um futebol que ainda nem tinha começado a distinguir as separar oponentes via camisolas, apontam uma equipa inglesa cujos jogadores atuaram de boné.

      Cap de outro jogo internacional entre a Escócia e a Inglaterra, disputado em 1893
      Cerca de uma década depois, Nicholas Lane Jackson, secretário da Football Association (FA) e fundador do mítico Corinthian FC, propôs que cada jogador recebesse um boné branco com uma rosa bordada como prémio a cada vez que jogasse pela seleção de Inglaterra. Nessa proposta, aceite em 1986, ficou cunhado o termo «international caps».

      Não é coincidência que, até hoje, os ingleses não falem em «internacionalizações», mas sim em «caps», cuja tradução para português é... «bonés».

      Esse cap foi adotado por outras seleções, como a Escócia, Irlanda ou País de Gales, antes de deixar de ser um exclusivo do futebol. A mesma tradição foi replicada no râguebi e no críquete, onde se tornou ainda mais comum e duradoura, tendo só mais recentemente passado a ser algo reservado para cerimónias ou datas especiais, sendo, ainda, um símbolo.

      No futebol, por outro lado, o cap virou relíquia. Consegue imaginar se fosse entregue a todos os jogadores a cada internacionalização? Cristiano Ronaldo, que é desde março deste ano o jogador mais internacional da história da modalidade, teria espalhados por casa 201 bonés!

      Beckham, figuras recente do país que iniciou esta tradição, recebeu o seu em 2008 @Getty / Pool
      Não é o caso, evidentemente, mas o capitão da seleção portuguesa recebeu um! Já no século atual, a UEFA recuperou a tradição e começou a homenagear jogadores com esses bonés no dia da sua 100ª internacionalização, o que no caso de CR7 ocorreu há cerca de 11 anos, quando Portugal empatou com a Irlanda do Norte (1-1) no Estádio do Dragão.

      Mesmo que já não seja um símbolo tão valioso ou reconhecido como outrora, os caps e a sua entrega física seguem vivos no futebol. No râguebi, o pulso da tradição tem ainda maior vigor.



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      jogos históricos
      U Sábado, 30 Novembro 1872 - 00:00
      West of Scotland Cricket Ground
      Willy Keay
      0-0

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