O encanto na hora da despedida

Rafa Silva representou o Benfica durante oito anos e, no último jogo disputado no Estádio da Luz, o avançado encarnado não esmoreceu. Com dois golos, uma assistência e um par de ocasiões de golo criadas, voltou a demonstrar o porquê de ser um dos mais influentes nas águias. Certamente, deixará saudades aos adeptos benfiquistas.

Diante do FC Arouca, Orkun Kokçu mostrou-se, jogou e fez jogar. Numa posição mais adiantada no terreno, face ao ataque móvel potenciado por Roger Schmidt, o turco teve liberdade de enfrentar o encontro como bem quis - e assim foi. O golo foi marcado através de uma grande penalidade, mas coroou uma muito boa exibição.

Voltou a convencer Roger Schmidt e assumiu a titularidade diante do FC Arouca - e demonstrou verdadeiramente o porquê. Álvaro Carreras, com espaço e mesmo sem ele, conseguiu desenvencilhar-se face à maioria das adversidades e deu jogo ao jogo. Com várias combinações no flanco, mesmo com jogadores diferentes, teve um enorme ritmo na ala. Há lateral no Benfica.

O astro argentino faz sempre das suas e, diante do FC Arouca, não poderia ser exceção. É um jogador que até pode ter uma noite menos conseguida, mas, do nada, poderá resolver um jogo. No Estádio da Luz, demonstrou-se inspirado, entrosado e com uma gigante inspiração. Entre as várias ocasiões, o golo alcançado através da conversão da grande penalidade foi o coroar de tudo isso.

Foram vários os erros acumulados por Robson Bambu ao longo da partida. O central do FC Arouca - e até o parceiro de setor - deixou bastante a desejar perante avançados de alto nível. Raramente acertou no posicionamento. A grande maioria das abordagens não correram bem. Foi um pleno dia não.

Foi uma tarde muito infeliz para o setor defensivo do FC Arouca e tanto Bambu como Montero foram as caras da exibição menos conseguida - e que não é habitual na equipa de Daniel Sousa. Inconstante, não conseguiu ler bem o jogo e, mais uma vez, deixou bastante a desejar. Podem mais e melhor - muito melhor.