Marrocos confirmou o favoritismo e venceu, este domingo, a Taça das Nações Africanas (CAN) de futsal. A seleção anfitriã impôs-se, na final, a Angola, orientada pelo português Marcos Antunes, com o resultado de 5-1.
A turma marroquina, privada do ala Youssef Jouad, que se lesionou durante o encontro das meias-finais, adiantou-se aos seis minutos, com Soufiane Borite a corresponder, ao segundo poste, a uma solicitação de Idriss El-Fenni. A resposta angolana surgiu de imediato, com Adérito a desmontar a defensiva adversária numa combinação com Hélber e a empatar novamente.
Mais perto do intervalo, Marrocos voltou para a frente do marcador. A jogar em 5x4+GR, os Leões do Atlas tiraram proveito da estratégia para marcar em minutos consecutivos, primeiro por El-Fenni (16') e depois pelo capitão, Soufiane El-Mesrar (17'). Na segunda metade, Anás El-Ayyane praticamente desferiu o golpe final, aos 31 minutos, num lance de insistência. Pouco depois, num livre de dez metros cobrado por Bilal Bakkali, a bola bateu no travessão e tabelou nas costas de Gomito antes de se instalar no fundo da baliza (35').
Pela terceira vez consecutiva, Marrocos vence o CAN. Os tricampeões igualaram ainda o recorde de títulos do Egito, vencedor nas três primeiras edições (1996, 2000 e 2004). As duas seleções partilham o trono com três títulos cada, num palmarés onde ainda se intromete a Líbia, vencedora em 2008.
Antes da final, Líbia e Egito discutiram o terceiro e quarto lugares da prova e, por consequência, a última vaga da competição para o Campeonato do Mundo. A seleção do espanhol Ricardo Íñiguez acabou por ser mais feliz, batendo os egípcios nas grandes penalidades, após uma igualdade a dois.
O Egito chegou a dispor de uma vantagem relativamente confortável no encontro. Dois golos de Aly Ramadan (15' e 19'), em lances semelhantes, colocaram os egípcios no caminho certo. Porém, os líbios responderam na segunda metade, com golos de Mohamed Said (23') e Suhayb Alghoul (38'), forçando o desempate. Na hora da verdade, Ayad Alwansi assumiu a baliza da Líbia e fez valer a aposta, tendo defendido três grandes penalidades consecutivas para dar a vitória aos líbios.
12 anos depois, a Líbia vai regressar a um Campeonato do Mundo. Em 2012, a seleção africana despediu-se da prova sem pontuar, tendo partilhado o grupo com Portugal. No que toca ao Egito, falha a fase final da maior prova de seleções pela primeira vez desde 1992.