Dérbi da invencibilidade e dos que procuram a estabilidade

FC Porto e Boavista. O dérbi da Invicta é feito para invictos e para quem pretende quebrar a invencibilidade. Os dragões, de resto, não perdem há 22 jogos (!) contra o rival da cidade: uma invencibilidade tentadora para Jorge Simão - apenas venceu o FC Porto por uma ocasião enquanto técnico - que procura, acima de tudo, ter uma bomba de oxigénio para a derradeira jornada.

Em caso de vitória, o Boavista celebra a manutenção e, em caso de empate, praticamente garante a permanência, sendo que, apenas um cenário catastrófico (e quase impossível) na diferença de golos com o Portimonense - axadrezados têm -22, enquanto os algarvios têm -35 - atirava a Pantera para o play-off na jornada 34.

Por sua vez, os azuis e brancos urgem uma vitória para ultrapassarem o SC Braga e ficarem (ligeiramente) mais relaxados para o último jogo do campeonato.

Sem Eustaquio - está de luto após o falecimento do pai -, Zaidu, Pepe, Marcano e ainda o quarteto castigado, Conceição viu a conferência de imprensa ser dominada por temas exteriores ao jogo, contudo, destacou a importância da partida para o presente e futuro do clube: «Estão numa zona difícil e vai fazer deste jogo uma final. Nós temos de agir da mesma forma porque queremos manter este terceiro lugar.»

Jorge Simão, por outro lado, assumiu a «improbabilidade de vencer», mas sem atirar a toalha ao chão: «É muito improvável ganhar, mas não é uma missão impossível. Na minha cabeça não passa desvalorizar o jogo de amanhã [domingo] e tenho de mobilizar os jogadores para isto.»

Com João Mário recuperado e Wendell/Galeno de regresso, o técnico portista deverá retornar, pelo menos, os últimos dois ao 11 inicial, enquanto o técnico do Boavista - que se mostrou preocupado com o facto de ter seis jogadores em risco para o jogo da última jornada e vários lesionados - deverá mexer, desde logo, na zona central da defesa.