Brittney Griner, jogadora norte-americana, esteve detida, posse de droga, na Rússia, em 2022, entre fevereiro e dezembro, e, agora, recordou as condições da qual foi alvo na prisão russa.
«O colchão tinha uma enorme mancha de sangue e eles dão-nos lençóis muito finos, por isso estamos praticamente deitadas sobre as barras. Era algo pelo qual tinha de passar. Tinha aranhas em cima da minha cama a fazer ninhos. As minhas rastas começaram a congelar e ficavam molhadas e frias, por isso eu ficava doente. É preciso fazer o que é necessário para sobreviver», começou por dizer, em entrevista à ABC.
«Como é que eu posso ter cometido este erro? Via todas as coisas pelas quais tinha trabalhado tão arduamente cair aos pedaços e a desaparecer. Nas primeiras semanas, quis suicidar-me mais do que uma vez», acrescentou a jogador de 33 anos, que foi condenada a prisão por posse e tráfico de droga, ao ser intercetada com cartuxos com vestígios de canábis para um cigarro eletrónico.
Griner recordou ainda como foi obrigada a escrever uma carta a Vladimir Putin, presidente da Rússia: «Obrigaram-me a escrever esta carta. Estava em russo. Tive de pedir perdão e agradecer ao seu suposto grande líder. Não o queria fazer, mas ao mesmo tempo queria regressar a casa.»
Atualmente a jogar nas Pheonix Mercury, da WNBA, Griner já conquistou duas medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos, ao serviço dos EUA, e tem alternado a sua carreira entre WNBA e Europa, onde jogou vários anos ao serviço das russas do Ekaterinburg.