As três notas de Pote

Teve nos pés a primeira ação de relevo da partida e o mérito de desbloquear o marcador de um desafio que teimava em não sair do nulo. Rápido na forma como executou o lance do 1-0, não se conformou com o gosto feito ao pé e ajudou a arquitetar os dois golos de Gyökeres. Fez o passe de morte para o primeiro do sueco, numa das melhores jogadas da partida, lançando Trincão no início da jogada do 3-0. Irrepreensível e merecedor da ovação aquando da saída.

Demorou a surgir com uma das suas principais armas: a potência na aceleração. Conseguiu colocá-la em prática durante o segundo tempo, mas foi logo no final do primeiro que se evidenciou no que melhor sabe fazer: golos. Chegou ao bis nos 45' complementares, colocando termo à seca que durava há cinco jogos.

Seja ao lado de Morita, seja ao lado de Daniel Bragança, o médio nórdico é cada vez mais peça fixa da sala de máquinas dos leões. Ajudou Bragança na fluidez de jogo, ocupou espaços essenciais para bloquear a saída de jogo dos minhotos, ficando ainda ligado à melhor jogada do encontro, referente ao primeiro golo de Gyökeres. Um poço de soluções para os colegas.

Deu a largura necessário ao jogo dos leões, permitindo a Pedro Gonçalves as típicas ações em zona interior. Sempre muito ativo no plano ofensivo, tirou vários cruzamentos prometedores que, aproveitados de outra forma, teriam conferido outra expressão ao resultado.

Foi o grande personificador da coordenação defensiva evidenciada pelo Vitória SC, sobretudo até ao golo inaugural. Retardou ao máximo o aparecimento de Gyökeres com um bom policiamento ao ataque à profundidade do sueco e salvou os minhotos de consentir a desvantagem mais cedo no encontro, quando, em cima da linha de baliza, negou o golo a Geny Catamo.

Não foi por ele que o Vitória SC saiu de Alvalade sem pontos, mas foi numa precipitação sua que tudo começou. Falhou o alívio para longe da área vitoriana e Pedro Gonçalves não perdoou ao anotar o 1-0. Um erro bastou!