![Qualificação Mundial [CONMEBOL]](/img/bandeiras/35_comp_wc cmb.gif "Qualificação Mundial [CONMEBOL]"){kind=small}
Lotação30 286
Medidas105 x 68 m
Inauguração2003
O SC Braga venceu o Estrela da Amadora por 3-0 e está em terceiro lugar da Liga Portugal Betclic com os mesmos pontos do FC Porto (que só joga este domingo, contra o Benfica). O resultado pode parecer que o jogo foi um passeio para os Guerreiros do Minho, mas a verdade é que a equipa de Artur Jorge foi em crescendo: começou amorfa e terminou a todo o gás.
O jogo não começou com grande intensidade. O SC Braga tratou de pegar na bola e ter as despesas do desafio desde início, mas o Estrela da Amadora neutralizou os maiores perigos dos minhotos.
Com uma maior pressão sobre as tomadas de decisão de João Moutinho e uma marcação quase personalizada a Ricardo Horta e Banza, os homens de Artur Jorge tiveram dificuldade em encontrar a baliza de Bruno Brígido nos primeiros minutos.
A estratégia de jogo dos rapazes da Reboleira nunca esteve escondida. A equipa de Sérgio Vieira esteve bem organizada, com os setores muito próximos e a saber sair em velocidade.
Sem conseguir entrar pela zona frontal, o SC Braga encontrou nas laterais o melhor caminho para começar a criar mossa para defensiva tricolor. Roger foi o mais perigoso, com vários cruzamentos, mas foram os remates de longa distância de Borja que deixaram o guarda-redes do Estrela em alerta máximo.
Do lado oposto e a perceber do espaço que tinha, Sérgio Vieira deu ordem para Léo Jabá e Regis Ndo para subirem sempre que pudessem. Os alas cumpriram quase na perfeição. Melhor, só mesmo se marcassem. Houve várias chegadas à área minhota e Matheus viu o perigo estar muito próxima da sua baliza.
Os últimos minutos do primeiro tempo foram muito frenéticos, aliás, bem mais agitados do que toda a primeira parte. O SC Braga sempre muito mais ativo e pressionante, encostou o Estrela da Amadora à linha defensiva, teve vários lances de bola parada, mas os tricolores não só anularam todo o tipo de lance, como foram muito rápidos nas saídas para contra-ataque.
Para a segunda parte, as equipas trouxeram a vitalidade do fim do primeiro tempo, mas ideias diferentes. Os duelos foram mais intensos, desde o apito inicial de Hélder Malheiro.
O Estrela da Amadora surgiu mais subido e deu mais espaço para o SC Braga atacar. Com o jogo mais aberto, as equipas conseguiram demonstrar o jogo que tinham para apresentar.
Os tricolores da Reboleira foram os primeiros a mostrar perigo: em menos de cinco minutos ficaram a reclamar de uma grande penalidade, depois do desvio com a mão de Vítor Carvalho, na área, e viram Ronaldo Tavares a deixar a defesa minhota em sentido.
Tudo fazia prever que os lisboetas poderiam marcar, até pela tranquilidade que evidenciavam em campo, mas o SC Braga fez uma espécie de engodo e feriu na primeira vez que conseguiu.
Banza sofreu um toque na área. Malheiro marcou e confirmou o penálti, após ver as imagens e o avançado congolês deu vantagem aos arsenalistas. O golo deu tranquilidade aos rapazes de Artur Jorge, que a partir daquele momento soltaram o melhor futebol que tinham para mostrar.
Os minhotos aproveitaram as mexidas de Sérgio Vieira, que arriscou para tentar o empate, para ampliarem o resultado. A manta do Estrela da Amadora ficou curta, Bruma foi o primeiro a marcar, depois de ter muito espaço na área e Roger fez um golo de raiva, já em tempo de compensação.
O SC Braga somou o segundo triunfo consecutivo sem sofrer golos e colou-se ao FC Porto no terceiro lugar. O Estrela da Amadora vai continuar numa posição aflita, com 22 pontos.
3-0 | ||
Simon Banza 57' (g.p.) Bruma 84' Roger Fernandes 90' |
Roger tem a irreverência dos 18 anos e com ele tudo o que de bom e mau isso pode significar. O extremo foi muito desequilibrador durante a primeira parte e o lance do seu golo é sintomático dos 18 anos. Ficou triste e feliz em menos de 10 segundos, depois de ter assinado um golo soberbo.
A equipa de Sérgio Vieira soube defender muito bem, mas no ataque as jogadas não tiveram bom final. A equipa da região de Lisboa foi inoperante e pouco coletiva. O lance em que Ronaldo Tavares desperdiçou uma oportunidade, quando podia ter servido Regis Ndo é um claro sinal de um ataque muito a olhar para o próprio umbigo.
Hélder Malheiro teve uma exibição recheada de altos e baixos. Se foi acutilante com os jogadores quiseram perder tempo ou ser manhosos para sacar faltas e não deixou que isso acontecesse, foi mais brando no capítulo disciplinar. Foi ver dois lances para grande penalidade e no primeiro, que castigaria uma mão de Vítor Carvalho e daria penálti para o Estrela da Amadora esteve mal. O mão do brasileiro desviou a trajetória da bola.
