A nova palavra do dicionário luso

Já há poucos adjetivos para caracterizar Viktor Gyökeres. Aliás, o nome do avançado sueco, mais tarde ou mais cedo, vai ser acrescentado no dicionário português, face à sua influência. Brincadeiras à parte, foi mais uma exibição esplêndida do nórdico. O ponta-de-lança, com um cabeceamento preciso, inaugurou o marcador. Não satisfeito, bisou na partida, estando novamente com a cabeça no sítio certo. Pelo meio, ainda assistiu Pote com uma arrancada mortífera. Surreal!

O internacional inglês, quando está em dia 'sim' é praticamente imparável. A sua acrescida qualidade técnica, aliada a um controlo exímio do esférico, tornam-no num jogador muito imprevisível. A defensiva unionista teve pesadelos com os recortes individuais do extremo, que ainda foi capaz de assinar o seu nome na lista das assistências, com um canto executado na perfeição.

Com uma finalização muito colocada, deixou cair por terra qualquer aspiração adversária. O futebolista de 25 anos pode até estar apagado em alguns momentos jogo, mas, quando a sua equipa mais precisa dos seus serviços, acaba sempre por marcar presença, com um toque decisivo. A sua inteligência de jogo foi novamente essencial para uma vitória preponderante nos objetivos leoninos. Muita classe!

O experiente atleta esteve irrepreensível em todos os momentos do jogo. Pela esquerda, desferiu inúmeros cruzamentos milimétricos, com esta vertente do seu jogo a desbloquear a coesão adversária numa primeira instância. Também defensivamente, não mostrou fragilidades frente a um ataque muito versátil e veloz. Um jogador verdadeiramente preponderante na filosofia de Rúben Amorim.

Juntamente com Pawel Kieszek, o atleta neerlandês teve uma prestação acima da média, não se escondendo das adversidades. Sempre muito cerebral nas suas decisões, o médio deixou os seus colegas em posições privilegiadas para diminuírem o défice. Contudo, a eficácia não reinou na Equipa do Lis. Um futebolista a ter debaixo de olho no segundo escalão do futebol nacional. Futuramente, poderá dar o salto!

Na noite desta quarta-feira, o jovem médio não conseguiu demonstrar todo o seu futebol. Muito nervoso na primeira fase de construção, acabou por não ser o pêndulo que o seu conjunto tanto necessitava. Muito para crescer, mas esta exibição não atira por terra todo o seu grande potencial.

Muito imprudente nas suas ações. A cartolina amarela que viu nos minutos inaugurais acabou por condicionar os seus comportamentos defensivos, dando, assim, mais espaço para a irreverência de Nuno Santos. Podia e devia ter feito melhor...