Em Chaves, foi tempo de alguém tentar voltar a sorrir. O tempo de tentar voltar às vitórias. Depois de Sporting e Benfica, respetivamente, GD Chaves e Rio Ave defrontaram-se na luta pelos três pontos, mas apenas levaram um cada um.
Os reforços flavienses Vasco Fernandes, Raphael Guzzo e Junius foram chamados a jogo por Moreno, enquanto Luís Freire teve a necessidade de chamar Renato Pantalon para ocupar o lugar de Aderllan Santos, expulso no Estádio da Luz na última jornada.
A equipa flaviense entrou no jogo motivada e demonstrou força de vencer. O domínio do duelo em grande parte da primeira metade foi notório com João Correia e Sandro Cruz a darem vida às laterais do GD Chaves.
A falta de pontaria foi inimiga dos comandados de Moreno, mas Jhonatan também parecia o anjo da guarda rioavista.
A toada ofensiva do emblema de Vila do Conde não se transparecia, mas, paulatinamente, mostraram algum ritmo e ainda tentaram assustar Hugo Souza. Mesmo assim, a turma de Luís Freire não se mostrava plena no ataque nem muito incisiva - ao contrário do adversário, com boas aproximações.
O equilíbrio mantinha-se no marcador e parecia não desatar disso até ao intervalo porque, depois disso, a frieza dos setores ofensivos de ambas as equipas foi muito, mas muito visível em campo.
De um lado? Fábio Ronaldo a arrancar e Costinha a tentar. Do outro? João Correia a brilhar. Tudo estava muito taco a taco com sucessivos ataques. Ritmo frenético.
Esta constante toada ofensiva de ambas as equipas ficou a pedir golos pelo bom duelo que se demonstrava entre as quatro linhas. 90 minutos da definição literal de «podia cair para qualquer lado».
Minuto 90. Grande penalidade e Jhonatan em God Mode - defendeu tudo o que havia para defender, inclusive o remate e a recarga de Hector Hernández. Foi ele que dividiu as águas do ponto que caiu para cada lado.
Constante ataque e resposta. Bem jogado. Ritmo frenético! Que bons 90 minutos em Trás-os-Montes entre GD Chaves e Rio Ave. Podia mesmo ter dado para qualquer um.
Num duelo de constante movimentação nas áreas e tão rápido, ficaram a faltar os golos - seja para quem for. O jogo foi muito equilibrado e, no fundo, a falta de golos foi a parte mais negativa.
Para além das dúvidas levantadas aos três minutos num lance com Boateng e na grande penalidade assinalada, a arbitragem de Fábio Melo foi razoável.