![Qualificação Mundial [CONMEBOL]](/img/bandeiras/35_comp_wc cmb.gif "Qualificação Mundial [CONMEBOL]"){kind=small}
Lotação64 642
Medidas105x68m
Inauguração2003
Os supersticiosos apontam a necessidade de entrar com o pé direito, mas foi graças ao pé esquerdo de Ángel Di María que o Benfica arrancou a segunda volta da Liga Portugal Betclic com uma vitória. Golo e assistência do argentino, num 2-0 sobre o Boavista!
Frente ao responsável pela única derrota das águias nesta competição, a equipa da casa foi dominante durante praticamente todo o jogo. Mesmo sem criar muitas chances, com os caminhos fechados a Rafa no corredor central, o campeão nacional deu mais um passo na sua boa série de resultados. São agora oito vitórias consecutivas.
Talvez ainda pesasse na memória encarnada o resultado da primeira jornada deste campeonato - um 3-2 no Bessa -, pela forma como os comandados de Roger Schmidt entraram em campo. Uma equipa ofensiva, vertical, a tentar chegar à baliza adversária o mais rapidamente possível.
Se o Boavista tentou recuperar o espírito desse jogo de agosto, não se notou. Mesmo nas costas do 1-4 em Vizela, a primeira vitória desde a quinta jornada, a equipa de Ricardo Paiva não conseguiu mostrar praticamente nenhum fulgor ofensivo. Na defesa, a ausência de Malheiro e Onyemaechi voltou a ser sentida, com demasiado espaço cedido por Salvador Agra e Luís Santos, atacantes por natureza.
A motivar essas arrancadas - carreras, diriam em Espanha - talvez tenha pesado a presença no banco de um reforço para a posição. Seja como for, a verdade é que Morato teve envolvimento nas maiores ocasiões de golo do Benfica ao longo da primeira parte: primeiro aos 12 minutos, num cruzamento grimaldesco que ninguém (João Mário, Arthur ou Rafa) conseguiu desviar para golo, e depois, aos 25, a desperdiçar o golo numa rara aparição no coração da área.
No arranque da segunda parte, bem como no fim da primeira, já era palpável a tensão da Luz. Desejosos de somar os três pontos necessários para voltar a pressionar o Sporting, os adeptos da casa canalizaram a frustração para o árbitro. O desejo era resolver o jogo rapidamente e Di María tentou dar conta do recado, mas o golo do argentino aos 48 minutos foi invalidado por mão de João Mário, após consulta ao VAR.
Teve de ser Ángel Di María a dar um último momento de agitação às bancadas, antes do serenar das mesmas. Para vingar o golo anulado, o internacional argentino conseguiu assinar um 1-0 válido, num lance em que engana por completo o guarda-redes adversário. Parecia (e podia até ser) um cruzamento, mas os colegas não chegaram à bola e esta, solteira, saltou timidamente na relva antes de entrar junto ao poste mais distante.
Até ao final, houve ainda tempo para mais alegrias para os adeptos da casa. Primeiro a entrada de João Neves, sempre tão acarinhado pela Luz, e do regressado David Neres. Depois o 2-0, marcado aos 90+4. Mais um golo em poucos minutos para Marcos Leonardo que, servido pelo experiente e decisivo Di María, só teve de encostar.
2-0 | ||
Ángel Di María 61' Marcos Leonardo 90' |
Minuto 54: Anatoliy Trubin fez uma das coisas mais difíceis para um guarda-redes. Depois de não ter tido trabalho em quase uma hora de jogo, devido ao quase nulo volume ofensivo do Boavista, o ucraniano teve um lance de um para um e levou a melhor sobre Rébert Bozeník. Instantes depois, o Benfica fez o 1-0...
Schmidt continua a mostrar dificuldades na hora de reagir a um adversário que consegue contrariar o seu futebol habitual - neste caso, os caminhos completamente fechados a Rafa e a Arthur no corredor central -, mas, para compensar, tem à sua disposição um plantel recheado. Di María não está no melhor momento de forma, mas hoje, quando foi preciso, apareceu com três lances (dois válidos) em que levou a equipa ao golo.
O plano de jogo não foi mau, tanto que não esteve assim tão longe de resultar, pela forma como a história do jogo se desenrolou. Ainda assim, o que separa este Boavista daquele que na primeira jornada marcou três vezes ao Benfica é a vontade de correr riscos ofensivamente. Houve competência na exibição, mas poucas ocasiões.+
