Agir e reagir...até empatar

Foi um daqueles jogos bem divididos por partes. O Famalicão estudou bem, dominou a primeira parte e chegou ao golo inaugural em grande estilo, mas o Portimonense ajustou-se bem ao intervalo, reagiu e empatou, sendo apenas travado por uma expulsão, que abrandou a partida, culminando num empate entre algarvios e famalicenses.

Minhotos sufocantes

Ambas as equipas vinham de duas derrotas e precisavam claramente de acabar com este registo e foi o Famalicão quem entrou claramente com mais vontade de ter bola. Os comandados de João Pedro Sousa aproveitaram desde cedo a largura excessiva dada pelos alas algarvios e conseguiram aproveitar o espaço entre centrais e alas para potenciar os seus próprios extremos e ainda Francisco Moura, na esquerda, que também ia acrescentando com deambulações para o meio.

A isto ainda se juntava um Gustavo Sá em grande no jogo, sendo o dinamizador com bola da equipa, criando desequilíbrios a deambular para as alas e fazendo jogar. O Famalicão estava melhor e a criar dores de cabeça ao trio de centrais de Portimão, que estava claramente com falta de apoio e a sentir o espaço a mais entre linhas da sua equipa.

Ofensivamente, por sua vez, o Portimonense ia-se mostrando bastante limitado e apenas apostava no ataque da profundidade dos seus alas e extremos. Guga ainda criou perigo assim, mas percebendo essa insistência, o Famalicão ajustou o apoio aos laterais e controlou bem a defesa. Perante isto, também se libertou para atacar com maior liberdade e acabou por chegar, justamente, ao golo aos 31', numa bomba colocadíssima de Théo Fonseca, de fora da área, para o 0-1, que apenas não era mais alargado porque Vinicius estava bem na baliza do Portimonense.

Reação travada

Paulo Sérgio sabia que a sua equipa tinha que melhorar e ao intervalo colocou colocou Paulo Ventura e Estrela no miolo, o que ajudou a encurtar distâncias entre linhas, compensou as subidas dos centrais e equilibrou a equipa. Além disso, os algarvios passaram a apostar menos no jogo direto e cresceram com bola no pé, o que desconcertou o Famalicão e o Portimonense foi claramente a melhor equipa no arranque da 2ª parte, chegando mesmo ao golo aos 61', num grande cruzamento de Jasper na direita, concluído com sucesso por Hélio Varela ao segundo poste.

O jogo estava reaberto e durante alguns minutos parecia que podia cair para qualquer lado, embora o ímpeto estivesse do lado do Portimonense. Contudo, aos 73', Hélder Carvalho expulsou Ronie Carrillo por uma entrada sobre Gustavo Sá, numa decisão que deixou algumas dúvidas, embora este tenha ido ao VAR, e o jogo mudou por completo.

Com menos um, o Portimonense baixou por completo linhas e chegou mesmo a assumir uma linha de seis defesas, dando por completo a iniciativa ao Famalicão. Os comandados de João Pedro Sousa passaram a jogar praticamente em ataque organizado, mas era difícil fazer algo mais do que cruzamentos com tanta gente no bloco central e nada desfez o nulo, até porque Vinicius se mostrou em grande, e o 1-1 persistiu até final.