O Gil Vicente foi a Lisboa conquistar um bilhete para a próxima ronda da Taça de Portugal, ao bater, numa reviravolta patrocinada pela qualidade de Fujimoto, o Belenenses. Foi a qualidade individual de um elemento que decidiu o jogo, empurrando os azuis, atualmente na II Liga, para fora da competição.
Dois grupos de adeptos, representados em números semelhantes, trataram desde cedo de colorir uma tarde cinzenta no Restelo. Os visitantes, mais barulhentos no pré-jogo, provaram que a ferida do Caso Mateus ainda não sarou totalmente, através provocações ao adversário desta tarde. Uma espécie rivalidade não oficial, reeditada pela prova rainha.
Mas se um lado do estádio fez mais barulho até ao apito inicial, o outro tratou de responder rapidamente. Corria o segundo minuto de jogo quando os azuis fizeram a festa, logo que se colocaram na frente do marcador. Foi Midana Sambú que fez o golo, ao entrar de rompante na área para responder de cabeça a um canto.
Na equipa primodivisionária foi a qualidade de Kanya Fujimoto que fez a diferença. O criativo japonês criou oportunidades suficientes para dar uma vitória tranquila ao Gil Vicente, mas foi traído pelo desperdício de Roko Baturina e Maxime Domínguez. Só na segunda parte é que conseguiu ver uma das suas belas jogadas terminar em golo, quando, aos 68 minutos, Baturina mostrou maior acerto.
O desperdício voltou aos 82 minutos e foi em dose máxima, uma vez que Murilo não conseguiu converter a grande penalidade que daria a vitória ao Gil. Belo voo de Guilherme Oliveira, a adiar o 1-2 que surgiu poucos minutos depois, quando Baturina e Fujimoto inverteram papéis e o Fujimoto apareceu na área para resolver, já perto dos 90.
Foi com pouca superioridade sobre o adversário que o Gil Vicente passou este teste e garantiu uma vaga na quarta eliminatória da Taça de Portugal. Já a campanha do Belenenses termina aqui, num jogo em que podia ter dilatado a vantagem.
1-2 | ||
Midana Sambú 2' | Roko Baturina 68' Kanya Fujimoto 87' |