Apuramento conseguido! O alargamento para 24 equipas tornou quase num escândalo uma equipa do calibre de Portugal falhar o Europeu, porém, o objetivo foi atingido de uma forma pouco vista no histórico luso. Sete jogos, sete triunfos na caminhada de sucesso. Lamento apenas pelo golos sofridos e um filme, este sexta-feira, a lembrar tempos inseguros.
Contra a Eslováquia, longe ficaram as dificuldades do encontro de Bratislava. Os homens de Roberto Martínez foram donos e senhores do jogo, com a falta de acerto na finalização a ser responsável por não ter sido atingido um resultado volumoso. 3-2 no marcador e esperança renovada para a visita à Alemanha no próximo mês de junho, mas com aspetos a melhorar.
Para este duelo, escalação bastante ofensiva no lado luso e prova das intenções de domínio portuguesas. Com muita mobilidade das unidades atacantes, a seleção das Quinas revelou paciência para ferir um adversário que, longe de ser uma potência, tem elementos talentosos nas suas fileiras.
Gonçalo Ramos apareceu um pouco mais recuado que Cristiano Ronaldo. A circulação lusa trazia o melhor das habilidades de elementos como Bruno Fernandes, Bernardo Silva e João Cancelo. Apenas a exibição inspirada de Martin Dúbravka - um desperdício ser suplente no Newcastle - adiou a chegada do primeiro golo.
Após um raro susto que levou a bola ao ferro da baliza de Diogo Costa - reflexos fantásticos a desviar a bola -, a explosão de alegria surgiu no Dragão: cruzamento perfeito de Bruno Fernandes para o cabeceamento de Gonçalo Ramos, a reforçar a fantástica média de golos ao serviço das cores portugueses.
Mais tarde, momento para o Siiiiiii. Grande penalidade por mão de Vavro a cruzamento de Rafael Leão e oportunidade não desperdiçada pelo capitão, celebrado ainda antes do arranque da partida pela chegada às 200 internacionalizações, feito conseguido na Islândia.
Até ao intervalo, a pontaria lusa desperdiçou a oportunidade de fechar totalmente a partida, num festival atacante que muito agradou às bancadas do Dragão. A toada de más definições seguiu na segunda parte, com algum ego de unidades a superiorizar-se ao objetivo coletivo.
O duelo partiu-se e o relvado começou a sentir a muita chuva que caiu durante o dia na Invicta. A Eslováquia acreditou e foi premiada com o tento, que terminou a fantástica série defensiva de Portugal. Diogo Costa nada podia fazer para responder ao remate de David Hancko e o desvio de António Silva.
O esperado final a sofrer pareceu rapidamente ser contrariado. Belo lance coletivo e Cristiano Ronaldo a bisar ao segundo poste, depois de assistência de Bruno Fernandes. Muitos festejos e o sentimento de apuramento garantido, que os visitantes rapidamente fizeram por mudar.
Portugal voltou a permitir muito espaço em zona frontal e Stanislav Lobotka não pensou duas vezes antes de atirar de longe, num belo golo. Até final, nervos e mais pontaria desafinada no lado da casa.
Garantido o apuramento, seguem-se duelos visitas a Bósnia e Liechtenstein, antes da receção à Islândia. Oportunidades para afinar processos com o apuramento na mira. Há talento para ir muito longe, mas isso não basta.
🚨HISTÓRICO!!! 🇵🇹Portugal fez a qualificação mais rápida da sua história (antepenúltima jornada). pic.twitter.com/z4VfVQj6p5
— Playmaker (@playmaker_PT) October 13, 2023
O objetivo foi conseguido e sem escorregadelas. O nível exibicional oscilou, mas não podia ser pedido melhor a Portugal a nível de resultados nesta caminhada. O grupo também ajudou, porém, é preciso provar a superioridade dentro das quatro linhas. Parabéns ao grupo de trabalho liderado por Roberto Martínez.
A tarefa podia ter sido conseguida de forma mais tranquila. Além da falta de pontaria, a segunda parte, em especial, teve também vários momentos de individualismo da definição lusa em ações atacantes. O coletivo é o mais importante, caríssimos.