Soltaram faíscas num quentinho empate entre Rio Ave e Famalicão (1-1), a contar para a jornada cinco da Liga Portugal bwin. Imprevisível, de domínio oscilante e com lamentos dos dois lados, num jogo bastante animado e que podia ter caído para ambos os conjuntos.
O Rio Ave segue sem vitórias desde a primeira jornada, em pontuação que não reflete o que a equipa de Luís Freire vem a apresentar. Para João Pedro Sousa, o sabor negativo de uma desconcentração no início da segunda parte, mas mais uma prova de que tem muito talento no plantel.
Nas escolhas de Luís Freire, o importante regresso de Guga Rodrigues contrastou com a ausência de Boateng, que contraiu lesão nos últimos dias. O vento, habitual inimigo da qualidade futebolística em Vila do Conde, apareceu e, naturalmente, condicionou o trabalho dos talentosos protagonistas dentro das quatro linhas.
Muito rematador, o Famalicão teve uma entrada mais firme na partida, com várias aproximações à área rival. Ainda cedo no jogo, o desejado fruto para os minhotos: cruzamento perfeito de Puma Rodríguez - muita qualidade no pé esquerdo - e cabeceamento certeiro de Jhonder Cádiz, a marcar pela segunda jornada consecutiva.
Na resposta, o Rio Ave quase empatou de bola parada. As equipas perderam algum discernimento e o duelo tornou-se incaracterístico, embora a agressividade dos homens da casa agradasse a Luís Freire, a vibrar com cada duelo desde o banco de suplentes.
Foi numa toada de crescimento vila-condense que a partida chegou ao descanso, com os sinais a serem confirmados no reatamento. Muita intensidade dos homens da casa, que acabaram por chegar ao empate numa fase de algum desacerto do rival.
Livre lateral batido de forma tensa por Sávio e, após alguns ressaltos, um infeliz Topic colocou a bola na própria baliza. Duelo lançado em novos dados e mais quente, com muita paixão da única bancada dos Arcos.
João Pedro Sousa mexeu e o Fama voltou a dizer presente na partida, com Chiquinho a agitar no regresso aos relvados lusos. O jogo seguiu animado e, na reta final, o extremo chegou mesmo a conquistar uma grande penalidade, que acabou revertida pelo árbitro Bruno José Costa após consulta do VAR.
Aceita-se o desfecho, embora ninguém possa ficar totalmente satisfeito. Ainda assim, palmas para um jogo bastante emotivo.
Inspiração e aspetos táticos podem ser apontados, mas nada a escrever sobre a atitude dos atletas de Rio Ave e Famalicão na partida, o que contribuiu para um jogo bastante divertido de assistir até ao seu final.
Problema antigo e longe de ter uma resolução em vista. O vento voltou a ser protagonista num jogo caseiro do Rio Ave. Acima de tudo, prejudicados os talentosos atletas da casa, muitas vezes limitados por este aspeto ao longo de cada época.
Teve paciência para gerir ânimos mais quentes, existindo muitas dúvidas sobre a decisão de reverter o penálti a favor do Famalicão na reta final, devido a falta sofrida por Chiquinho.