Muito suor, dois golos bonitos e uma igualdade no jogo grande da jornada quatro da Liga Portugal Betclic. SC Braga e Sporting empataram este domingo a uma bola (1-1), num jogo que não pode deixar muito satisfeito nenhum dos técnicos.
Para o SC Braga, o fantástico livre de Álvaro Djaló disfarça muita incapacidade da equipa criar verdadeiro perigo no segundo tempo. Do outro lado, os leões pecaram na finalização e saem com sabor a derrota, ficando o sentimento de as mexidas de Rúben Amorim não terem o impacto desejado no jogo.
Com apenas uma mexida nos 22 atletas escolhidos pelos técnicos nas escalações iniciais - prova da satisfação recente de Artur Jorge e Rúben Amorim com as suas equipas -, o início de jogo viu um Sporting mais arrojado com bola, mas nem por isso superior ao adversário na criação de perigo. A definição não acompanhou lances prometedores e de ultrapassagem à pressão do rival.
Um remate de Ricardo Horta, que obrigou Adán a trabalho atento, alertou os leões para os perigos minhotos. O tempo passou e a turma de Alvalade trabalhou bem para o golo. Diomande - muita confiança de bola nos pés - serviu Pedro Gonçalves, letal na colocação dos seus remates. Matheus nada podia fazer.
Obrigado a reagir, o SC Braga começou a tabelar em zonas avançadas, enquanto o Sporting estava de olho na transição e em servir o incansável Gyokeres. Hjulmand chegou a rematar para as redes Gverreiras, mas Luís Godinho anulou por interferência de avançados leoninos, em posição, irregular no raio de visão de Matheus.
Quentinho nos duelos - a rivalidade é notória entre os clubes-, os sinais ofensivos do SC Braga e dos seus agitadores não podiam descansar Rúben Amorim, que optou por lançar Marcus Edwards para o segundo tempo. A partida perdeu qualidade e muitos passes falhados iam enervando as bancadas, perante um resultado em aberto.
Artur Jorge arriscou na colocação de Banza junto a Abel Ruiz, no entanto, a sua equipa pareceu com pouco gás para lutar de forma intensa pelo resultado. O Sporting, por sua vez, teimava em não selar o triunfo, revelando grande desinspiração no contragolpe. Nota para o jogo infeliz de Gyokeres, bem marcado por José Fonte.
Pedia-se inspiração individual e ela surgiu, numa fase em que a Pedreira estava adormecida. Execução perfeita de Álvaro Djaló num livre e uma grande explosão de alegria, num momento que lançava o jogo em novas bases para a reta final.
Grande vontade de ganhar, um acumular de decisões precipitadas com bola. O nervosismo superou o desejo de vitória e repartiu os pontos por Gverreiros e Leões.
É a primeira vez que o 🦁Sporting está invicto na 'Pedreira' há quatro jogos consecutivos (2V, 2E).
— Playmaker (@playmaker_PT) September 3, 2023
Na história dos confrontos, é preciso recuar até 1995 para ver uma série tão longa de invencibilidade em Braga. pic.twitter.com/Ls2JDCfeZz
Diferentes, mas de grande classe. Num jogo de qualidade reduzida, grande destaque para os momentos de inspiração proporcionados por Pedro Gonçalves e Álvaro Djaló, que fizeram valer o bilhete.
O problema do Sporting não tem estado em chegar às vantagens, mas sim «matar» definitivamente as partidas. É verdade que não foi permitido grande volume ofensivo ao SC Braga e o golo nasce de um grande momento individual, mas o leão desperdiçou vários momentos prometedores com más definições. Aqui pode estar a diferença entre uma boa equipa e uma equipa campeã.