Chegou em Barcelos a primeira vitória do Benfica fora nesta edição da Liga Portugal Betclic. Num início de campeonato marcado marcado por algum ruído de mercado, o caso Vlachodimos e o desaire no Bessa, as águias bateram por 2-3 o Gil Vicente amparadas por um apoio fenomenal dos seus adeptos no Minho.
Triunfo valioso para os comandados de Roger Schmidt, apesar de um pequeno susto quando a equipa da casa reduziu na segunda parte. Vitória, ainda assim, sem contestação das águias, que com mais eficácia deviam ter fechado o assunto mais cedo.
Num duelo sem grandes novidades nos onzes - Schmidt apenas reforçou o meio-campo com Florentino Luís -, o Gil Vicente entrou de forma personalizada no jogo e a ter bola de forma confortável, perante um Benfica expectante até aplicar o primeiro sério golpe na partida, que inverteu a toada inicial.
Marlon, imprudente, derrubou João Mário em zona de pouco perigo e originou uma grande penalidade a favor das águias. Di María não desperdiçou e fez o Municipal explodir de alegria devido aos muitos adeptos benfiquistas presentes nas bancadas. Um espetáculo bonito, sem dúvida, mas também um grande sinal da cultura de apoio aos três grandes tão vincada no futebol português.
Os homens de Vítor Campelos sentiram o golo e perderam força dentro das quatro linhas. É verdade que o Benfica nem sequer pressionou muito em busca do 0-2, mas dispôs de aproximações interessantes à baliza de Andrew. Fica a nota para o excesso de «malabarismo» com uma vantagem tão curta, sendo exemplo um lance em que Di María tentou passar de forma vistosa para Rafa Silva.
Em cima do descanso, Rúben Fernandes testou cabeça a atenção do jovem Samuel Soares, no sinal antes da ida para os balneários que a tarefa não estava fechada pelos campeões nacionais. Com personalidade e veia de campeões, os visitantes perceberam a necessidade de outro ritmo e trouxeram a dinâmica para o segundo tempo.
Di María deu o aviso num remate que testou os reflexos de Andrew. Mais tarde, Rafa Silva foi protagonista ao criar e finalizar o lance do segundo tento do Benfica, com participação do - para já - lateral Aursnes. Duro golpe para o Gil Vicente, muito desinspirado nos momentos de transição.
David Neres e Rafa tiveram mesmo grandes oportunidades para o terceiro, porém, desperdiçaram as oportunidades de selar de forma definitiva o triunfo para as águias. Com pouco a perder, Campelos recorreu ao seu banco e deu cara nova ao ataque, o que apetrechou os Galos de Barcelos de maior magia para a reta final.
Após jogada de insistência, Tidjany Touré faturou novamente na I Liga e provou ser um talento merecedor de titularidade no Gil Vicente. De forma natural, o jogo animou e partiu, com as oportunidades a aparecerem em ambos lados.
Imune ao estatuto de suplente, Petar Musa fez o 1-3 e provou mais uma vez a sua veia goleadora - Arthur Cabral voltou a não ser feliz. Em cima do apito final, um bonito golo de Maxime Dominguez para fechar as contas de um partida que foi do menos ao mais em Barcelos.
Já com pontos perdidos neste arranque, o Benfica sabia que o espaço para deslizes ainda era mais reduzido esta noite em Barcelos. A equipa mostrou veia competitiva e consciência da importância do duelo, mesmo na fase de maior ânimo do adversário. O forte apoio, de certeza, ajudou.
O Benfica foi dono e senhor de quase toda a partida, mas um pequeno adormecimento aliado a flagrantes oportunidades falhadas permitiram ao Gil Vicente reentrar na luta do jogo. A segurança defensiva é um aspeto a limar neste início de época.