O Vitória SC foi eliminado da Conference League, após perder por 4-2 no desempate por grandes penalidades frente ao NK Celje. A equipa da cidade berço perdia por 1-0 no fim do tempo regulamentar, com golo de Bajde, corria o minuto 65 e acabou mesmo por cair por terra na decisão pelas marcas de castigo máximo. Apesar da vitória fora de portas (3-4), acabou a campanha europeia da equipa vitoriana nesta temporada.
A partida ficou marcada pelo conservadorismo vitoriano no primeiro tempo e por um golo sofrido na fase crescente do jogo. Tiago Silva e Zé Carlos desperdiçaram as duas primeiras grandes penalidades no desempate, que acabou com a passagem do Celje à 3ª fase do apuramento para a fase de grupos da Conference League.
Na estreia do Vitória no D.Afonso Henriques esta temporada, uma boa casa e um ambiente condizente para ajudar a equipa a chegar à 3ª eliminatória da Conference League. Porém, mal Viktor Kopiievskyi apitou para o início da partida, o nervosismo e a apreensão apoderaram-se das bancadas.
O Celje teve mais bola, com o próprio Vitória a provocar essa situação. A equipa eslovena tentou criar perigo através de bolas longas, mas os centrais conquistadores controlaram bem as investidas adversárias mas, bem perto da meia hora, sentiu-se um calafrio no castelo. Ikwuemesi teve nos pés a primeira oportunidade de golo da partida, com Afonso Freitas a tirar o pão da boca ao nigeriano e a evitar o primeiro da turma eslovena.
Já nos descontos do primeiro tempo, duas ocasiões flagrantes para o Vitória. Jota Silva recebeu dentro da área e serviu André Silva, que atirou ao poste da baliza defendida por Rozman. Na ressaca, Dani Silva viu o seu remate negado por um defensor. A dupla Silva, que brilhou na primeira mão, juntou neste lance um terceiro elemento, mas não foi desta que foi feliz.
Tudo para os balneários e o Vitória continua na frente da eliminatória.
No início do segundo tempo, o Vitória regressou de cara lavada e deixou o conservadorismo nos balneários. Primeiro foi Handel a testar o guardião esloveno de fora da área, seguiu-se Dani Silva, da mesma forma, a atirar ao lado e depois Jota, testou novamente Rozman, que respondeu a boa altura.
A equipa eslovena não desarmou e chegou ao golo, na melhor fase do Vitória. Num primeiro momento, perda de bola de Butzke deu a Ikwuemesi a possibilidade de golo, negada brilhantemente por André Amaro. No canto que se sucedeu, Bajde apareceu a finalizar ao segundo poste uma bola cruzada de cabeça por Nemanič. Corria o minuto 65. Tudo empatado na eliminatória.
Depois do golo, apoderou-se novamente a tensão. Tiago Silva e Nelson da Luz vieram acrescentar coisas diferentes ao ataque vitoriano, mas mantinha-se o 0-1 no marcador. Novamente quando o Vitória parecia estar mais dominante, surge o Celje a ameaçar. Popovic atira à baliza, a bola sai desviada e trai Varela, quase entrando na baliza dos conquistadores.
Já nos descontos, oportunidade surreal para o Vitória. Depois de uma grande cavalgada, Nelson da Luz serviu Zé Carlos que por dois momentos não conseguiu colocar a bola dentro da baliza do Celje. Desperdiçada esta oportunidade de ouro, seguiu-se o prolongamento.
No prolongamento, seguiu-se a toada do jogo. Pouca organização, jogo muito partido e meias oportunidades de parte a parte. Edmilson e Popovic foram dando problemas à defensiva vitoriana, Nelson da Luz ia criando todas as oportunidades dos da casa.
O cansaço foi-se apoderando de ambas as equipas e, no segundo tempo do prolongamento, não houve sinal de oportunidades dignas dessa nomenclatura. Edmilson, de calcanhar, quase fez o golo a três minutos do final, valeu um gigante Bruno Varela.
Seguiram-se as grandes penalidades, onde o Vitória desperdiçou as duas primeiras cobranças e saiu derrotado por 4-2.
O NK Celje, mesmo sendo a equipa teoricamente mais fraca da eliminatória, veio a Guimarães para virar a eliminatória.
O avançado espanhol entrou numa fase em que a equipa até estava bem, mas passou completamente ao lado do jogo. Perdeu a bola que deu o lance de que resultou o golo e somou más decisões ao longo de toda a partida.
O árbitro ucraniano Viktor Kopiievskyi teve uma arbitragem algo ríspida. Mostrou sete cartões amarelos no primeiro tempo e não permitiu perdas de tempo e paragens de ataques promissores sem admoestação disciplinar.