Depois da goleada para o campeonato italiano, a reedição surgiu na Liga dos Campeões. Sem goleada, mas com nova vitória, o Milan voltou a levar a melhor sobre o Napoli, num jogo de saber gerir vantagens e com boas notas de Rafael Leão.
A decisão fica, assim, completamente guardada para o Estádio Diego Armando Maradona.
Em antevisão a este duelo italiano inédito nas competições europeias, Stefano Pioli garantiu que a história não pesava, mas San Siro sim. Não estava errado, mas, a verdade é que a história tem o seu peso e contributo para tudo aquilo que o futebol nos dá.
Sai uma bandeirola para a mesa do canto 🤭#ChampionsELEVEN pic.twitter.com/CWcO0iYgH8
— ELEVEN Portugal (@ElevenSports_PT) April 12, 2023
A história deste duelo - pelo menos na primeira parte - foi um plot twist autêntico. O Napoli entrou com garra, apesar de não ter uma das suas grandes feras - Victor Osimhen. Sem o avançado, as garantias do onze titular e a magia de Khvicha Kvaratshkelia foram postas à prova. A faro, ainda se sentia o peso da goleada de há dias.
Foi através do georgiano que os azzurri tentaram de tudo, mas, sem grandes ameaças, foi o Milan a «arranhar» primeiro. Rafael Leão até partiu a bandeirola de canto, no momento em que os rossoneri começaram a crescer no jogo. Acreditamos que foi presságio para a assistência que viria a dar a Bennacer poucos minutos depois.
Os comandados de Luciano Spalletti adormeceram... e nada os fazia acordar. Nem o golo do emblema de Milão,
Parece um contrasenso, mas é algo que se explica. Pioli só padecia de um dilema na segunda parte: arriscar no ataque e, possivelmente, estragar a vantagem conseguida até então ou riscar a primeira mão da lista como uma vitória já alcançada e tentar defender ao máximo o resultado.
Não fez por menos, mas o pouco futebol que se foi disputando ao longo da sua parte também ajudou os rossoneri. Um duelo dividido em posse de bola, sem grandes oportunidades. Parecia um eterno pára e arranca, com faltas aqui e acolá - que o diga Zambo-Anguissa que, depois de estar algo desaparecido do encontro, acabou expulso por duas faltas sobre Theo Hernandez em menos de cinco minutos.
Pioli pode riscar da lista como concluído:
O mais difícil? Saber gerir no Estádio Diego Armando Maradona da mesma forma que teve de gerir o jogo em San Siro. Até lá, não sabemos se o Napoli consegue afinar a pontaria...
A partir do golo de Ismael Bennacer, o Milan teve uma tarefa: defender o resultado. E assim o fez. Aliado à falta de pontaria do Napoli, o setor defensivo dos rossoneri conseguiram um trabalho razoável que permitiu a vitória.
Parecia estar tudo alinhado para o Napoli não marcar. Sem Victor Osimhen - ausente por lesão - os azzurri rematavam de todas as formas e feitios, mas bola nunca parava no fundo das redes.
Não teve casos flagrantes a decidir, para além da expulsão de Zambo-Anguissa (que também se vê como justificada). Geriu o jogo e os ânimos de forma algo leve, deixando passar algumas decisões quando o ambiente «aqueceu».