O FC Porto voltou a defrontar o Académico de Viseu, equipa que tão bem tem estado na Segunda Liga, desde que o histórico dos dragões Jorge Costa assumiu o comando técnico, e voltou a vencer os viseenses (0-1). Depois do triunfo na Taça da Liga, que culminou na passagem à final da prova que viria a ser conquistada pelos homens de Sérgio Conceição, os azuis e brancos deslocaram-se até Viseu para assegurar o passaporte para as meias-finais da Taça de Portugal.
Ao contrário do que sucedera em Leiria, em que a vitória do conjunto portista começou a ser escrita nos primeiros minutos da primeira parte, desta vez foi preciso esperar pelo segundo tempo para o FC Porto encontrar o caminho para a fase seguinte da prova rainha do futebol português. É a sexta vez consecutiva que os portistas atingem, pelo menos, as meias!
«Respeito a mais» e «temos de ser mais corajosos». As palavras de Jorge Costa na conferência de antevisão ao duelo desta noite ecoam na sala. O treinador dos academistas gostou do que viu em Leiria, mas queria mais. Era preciso corrigir alguns erros e a lição foi bem assimilada pelos seus jogadores.
Ao 4.º jogo, só Cláudio Ramos foi sempre titular pelo FC Porto nesta edição da Taça 🇵🇹
⚠Antes deste jogos, para além de Cláudio Ramos, também Wendell, Fábio Cardoso, Grujic e Otávio tinham sido sempre titulares na prova, mas hoje estão fora do 11 pic.twitter.com/XPB74PVQBW
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O Académico subiu linhas, travou o adversário mais perto da zona do meio-campo do que junto à linha da grande área, em alguns casos com recurso à falta, e aguentou-se muitíssimo bem durante os primeiros 45 minutos. Além disso, foi ainda capaz de criar algum frisson junto à baliza novamente à guarda de Cláudio Ramos, o guardião das Taças.
Ora de contra-ataque, algo tão característico desta equipa de Jorge Costa, ora de bola parada, o emblema da cidade de Viriato entusiasmou os mais de seis mil adeptos presentes no Fontelo. Mas, atenção, nada que incomodasse verdadeiramente o guarda-redes do FC Porto, capaz de antecipar alguns movimentos do adversário.
No lado contrário, apenas registo para uma defesa de Gril. Era preciso mais, de parte a parte, para evitar o prolongamento.
Sem resolver nos primeiros minutos da primeira parte, que tal resolver nos primeiros minutos da segunda? Assim foi. Os dragões entraram convictos de que era possível contrariar a boa organização defensiva dos academistas e tiveram cabeça para encontrar uma solução.
O FC Porto está nas meias-finais da Taça 🇵🇹 pela 6.ª época consecutiva – chegou sempre, pelo menos, a esta fase desde que Sérgio Conceição é o treinador pic.twitter.com/XFYDjtfx4R
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André Franco. Com várias ausências de vulto no miolo, com Eustáquio e Otávio à cabeça, o ex-Estoril-Praia mereceu a titularidade, pela segunda vez esta temporada, e respondeu de forma positiva ao sinal de confiança de Sérgio Conceição, tendo sido ele o autor do golo que conduziu o FC Porto à vitória.
Bom desenho pelo corredor direito, bola açucarada de Uribe e André Franco a romper entre os centrais e a desviar de cabeça para fora do alcance de Gril. O guarda-redes não teve muito trabalho, e sempre que teve mostrou-se seguro, mas não conseguiu evitar a cabeçada de Franco. O Académico não atirou a toalha ao chão e lutou até ao fim, mas não foi feliz.
Contas feitas, não foi fácil para os campeões em título, mas foi o suficiente. O FC Porto segue em frente na Taça e o Académico fica pelo caminho. Os viseenses caem de pé e vão ter de contentar-se, agora, apenas com o campeonato. E as expectativas estão altas.
O Académico de Viseu diluiu as diferenças de escalão para o FC Porto em campo. Excelente postura da equipa de Jorge Costa, que deu muito trabalho aos dragões.
Bom jogo de futebol no futebol, mas sem grandes oportunidades claras de golo. E como o golo alimenta a alma do adepto, é possível que muitos tenham saídos dececionados.