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Empate com o Chaves adiou festa

Campeão adiado

Adeptos, cânticos, fogo de artifício e uma equipa em busca do título. O clima era de festa no Estádio António Coimbra da Mota, com o Estoril a receber o Chaves, sabendo que uma vitória lhe entregava o título de campeão da Segunda Liga, mas a turma flaviense tinha outros planos e conseguiu adiar novamente a festa do Estoril com um empate a uma bola.

Depois de ter sido a primeira equipa a garantir a subida à Primeira Liga, na semana passada, o Estoril entrava para este jogo sabendo de antemão que uma vitória lhe daria também o título de campeão da Segunda Liga. Por isso mesmo, o treinador Bruno Pinheiro mexeu pouco na equipa e apostou na larga maioria do onze habitual, fazendo três alterações em relação à equipa titular que na jornada passada empatou com o Penafiel (0x0), com as entradas de André Franco, Bruno Lourenço e André Clóvis para os lugares de Harramiz, Yakubu Aziz e Zé Valente.

Do outro lado, o jogo era também de extrema importância para o Chaves, uma vez que uma vitória permitia aos flavienses continuar na luta pelo último lugar de acesso direto à Primeira Liga e pelo lugar que garante a presença no play-off de acesso. Assim como o seu colega de profissão, o treinador Vítor Campelos mexeu na equipa da última jornada (1x1 com o Mafra), entrando Rafael Viegas, Zé Tiago, Kevin Pina e Luís Silva para os lugares que pertenciam a João Correia, Benny Dias, João Teixeira e Nuno Coelho. 

Espaço a mais é espaço desaproveitado

Depois dos primeiros minutos terem sido de «reconhecimento de território inimigo» por parte das duas equipas, que pareceram tentar perceber quem assumia o controlo do jogo, o Estoril começou a ser galvanizado pelos dois grupos de adeptos localizados em cada ponta da parte exterior do estádio - e tiveram até direito a fogo de artifício - e começaram a colecionar oportunidades.

Inicialmente, a pressão alta das duas equipas dificultou saídas de jogo apoiado e levou a que existisse muito espaço desaproveitado no miolo, mas assim que André Franco e Miguel Crespo começaram a surgir em territórios mais recuados para ligar jogo, o Estoril foi conseguindo desbloquear o bloco baixo do Chaves. A primeira oportunidade surgiu de uma incursão de Joãozinho pela esquerda, com Clóvis a desperdiçar ao segundo poste e pouco depois foi a vez de Gamboa atirar ao poste, na sequência de um canto. Faltava velocidade e eficácia ao Estoril e isso acabou por sair caro.

Chaves foi matreiro e marcou primeiro ©Kapta+
Apesar do Estoril estar por cima a nível ofensivo, a equipa flaviense demonstrou toda a sua matreirice e não desperdiçou o primeiro erro dos lisboetas. Fruto da sua pressão alta, Wellington aproveitou um passe defeituoso de Hugo Basto para apanhar a defesa caseira em contra-pé e recuperar a bola no último terço. Hugo Gomes ainda salvou a primeira, mas à segunda Zé Tiago não deu hipóteses e despejou um balde de água fria nos comandados de Bruno Pinheiro.

No entanto, o Estoril demonstrou ter estofo de campeão e a resposta demorou apenas um par de minutos, com um nome em destaque: Miguel Crespo. Tudo começa num grande corte do médio ainda no meio campo defensivo estorilista, é ele quem cavalga largos metros e conduz a bola pela ala esquerda e, ao chegar à quina da área, combinou com André Vidigal, rematando cruzado para bater - com um pouco de sorte à mistura, porque a bola ressalta na relva - Ricardo Moura. O golo do empate deixou o jogo mais partido e dividido, mas não se celebraria mais até ao intervalo.

Festa travou no vermelho

Sem querer adiar a festa do título nem mais um dia, o Estoril regressou dos balneários com a mesma atitude que havia demonstrado no final dos primeiros 45 minutos e precisou de menos de 60 segundos para deixar o primeiro grande aviso, com André Vidigal a ver o golo ser-lhe negado, após um cruzamento de João Diogo na direita, pela trave.

A aposta dos lisboetas estava claramente nas alas e isso trouxe benefícios à equipa de Bruno Pinheiro, que conseguiu impor maior velocidade e criar mais desequilíbrios. Além disso, a pressão alta flaviense manteve-se e o espaço no meio-campo também, mas desta vez o Estoril foi sabendo aproveitá-lo, embora o Chaves estivesse confortável a jogar sem bola.

Miguel Crespo esteve no melhor e no pior ©Kapta+
A equipa do Estoril foi subindo cada vez mais as suas linhas de pressão e tentando encostar o Chaves à sua área, em busca do golo da reviravolta e do título, mas esse balanceamento excessivo acabou por ser prejudicial, uma vez que, a 20 minutos do fim, Miguel Crespo acabou mesmo por ver o cartão vermelho, por acumulação de amarelos, ao travar um contra-ataque perigoso do Chaves.

Apesar de estar em desvantagem numérica, Bruno Pinheiro foi em busca da vantagem no marcador, colocou a carne toda no assador e fez entrar Harramiz e Yakubu Aziz para apostar na sua velocidade e ir em busca do golo. Contudo, o Estoril teve dificuldade em ter bola no último terço do terreno e o Chaves soube aproveitar as fragilidades adversárias. Nos minutos finais, os flavienses quase voltaram à vantagem, mas Dani Figueira deu o corpo ao manifesto e salvou a sua equipa de males maiores, embora a festa tenha mesmo sido adiada com este empate

Com este resultado, o Estoril pode ainda celebra o título de campeão da Segunda Liga este domingo, caso o Vizela não vença na casa do Cova da Piedade. Caso os vizelenses vençam na deslocação à Margem Sul, o Estoril precisa apenas de não perder na próxima jornada, frente ao SC Covilhã, para se sagrar campeão.

Sondagem
RESULTADO SONDAGEM
ESTORIL PRAIA
EMPATE
GD CHAVES

Fotografias

Liga 2: GD Estoril x GD Chaves
Liga 2: GD Estoril x GD Chaves

Comentários

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motivo:
feka
2021-05-09 14h23m por El_Diablo_Red
Mesmo, o Vilafranquense tinha o João ralhão que apesar de não ganhar há muito tempo a equipa também raramente perdia, tinha bom futebol e estava acima da zona de despromoção e decidiram-no despedir porque só empatava para irem buscar o Carlos pinto

Agora têm mau futebol e não têm pontos, no fundo têm o que merecem rumo ao Campeonato de Portugal
MO
Ressabiamento
2021-05-08 22h51m por Motamaral
Deixem o Pinto em paz, a culpa é de quem os contrata. Pena o Chaves não ter ganho para animar a luta até ao fim. Ainda assim, os jogadores esforçaram-se neste jogo, pena que andassem meia época a jogar metade do que sabem
FL
Carlos Pinto
2021-05-08 22h36m por flaviebse
Obrigado! Que desças com o Vilafranquense.
jogos históricos
U Sábado, 08 Maio 2021 - 20:15
Estádio António Coimbra da Mota
Gustavo Correia
1-1
Miguel Crespo 34'
Zé Tiago 30'
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