É difícil uma equipa resistir a isto! O Gil Vicente viu este domingo a sua excelente série de triunfos terminar com um desaire frente ao Moreirense, num duelo equilibrado, mas que teve um infeliz protagonista: Ygor Nogueira, decisivo ao cometer um penálti e marcar na própria baliza num lance de tranquila solução.
Imune a isso, o Moreirense volta a encontrar o caminho das vitórias e recuperar terreno para os lugares europeus, um sonho que pode animar o final de temporada da equipa de Vasco Seabra, organizada e combativa neste encontro em Barcelos.
Com condições absolutamente fantásticas a nível de relvado e meteorologia, estavam reunidas as condições para um espetáculo agradável. Motivado pelo excelente momento de forma, o Gil Vicente entrou mais forte e dinâmico no ataque, algo que deixou o Moreirense desconfortável para ter bola. Fujimoto, em especial, esteve muito interventivo, mas a definição dos lances não foi a melhor pela turma de Ricardo Soares.
No único lance de relevo dos visitantes no primeiro tempo, surgiu o golo. Filipe Soares cruzou com qualidade da direita e Ygor Nogueira, numa má abordagem, acabou por derrubar Rafael Martins e criar um penálti, que o brasileiro não desperdiçou. Nada fazia prever este tento, com a concentração a ser decisiva num duelo entre conjuntos tão equilibrados.
De forma natural, o Gil Vicente sentiu um bocado o golo e demorou até voltar a reencontrar-se ofensivamente, com problemas entre a ligação do meio-campo ao ataque - o influente Lucas Mineiro falhou o jogo devido a castigo. Se em bola corrida as coisas não estavam a funcionar, Pedrinho utilizou a sua capacidade em livres e, num lance espetacular, obrigou Pasinato a uma grande intervenção, antes da redondinha bater na barra da baliza cónega. Este foi o principal momento de reação dos homens de Barcelos, a precisarem de mais intensidade no reatamento.
Em desvantagem, a agressividade gilista voltou ao máximo no início da segunda parte e teve impacto rápido. Pedro Marques, até este momento infeliz no duelo, ganhou espaço nas costas da defesa cónega após passe de Joel Pereira e, a dois tempos, conseguiu finalizar para um justo empate no marcador.
Após a igualdade, o equilíbrio instalou-se em campo, com as duas equipas não correrem grandes riscos e os técnicos a tentarem refrescar os ataques através de mexidas. Sem inspiração, voltou a ser um erro individual a custar caro ao Gil Vicente, novamente pelo mesmo protagonista. Após cruzamento tento da direita, Ygor Nogueira pareceu ter espaço para um corte relativamente tranquilo, no entanto, um péssimo ataque à bola resultou num autogolo e um duro soco nas aspirações da equipa de Barcelos.
Até ao final, os gilistas tentaram ainda resgatar um ponto do jogo, mas o Moreirense teve organização e controlou de forma relativamente tranquila as investidas adversárias. Os erros pagam-se caro... e alguém vai ouvir das boas no balneário.
Sem inspiração, o Moreirense teve capacidade para aproveitar as oportunidades e, no suor, sair de Barcelos com valiosos três pontos. Nota especial para o jogo de Fábio Pacheco, elemento decisivo nos equilíbrios deste conjunto
Que tarde para esquecer. A pinta está lá toda, mas Ygor Nogueira continua a cometer demasiados erros para um jogador deste nível. O penálti cometido e o autogolo castigaram a sua equipa e, provavelmente, vão ter consequências na sua utilização até final da época.
Tarde tranquila para Nuno Almeida, com boas decisões nos lances mais polémicos. O penálti não deixa margem para dúvidas.