Foi um jogo frio e que não ajudou à também fria tarde, aquele que terminou com o empate (1x1) entre o Moreirense e o Gil Vicente. Um jogo que viu César Peixoto somar o primeiro ponto como treinador da equipa minhota, mas um jogo que mostrou claramente que há muito trabalho para ser feito. Já o Gil Vicente saiu de Moreira de Cónegos com apenas um ponto e muito por culpa do seu próprio guarda-redes Denis.
Falar da primeira parte deste jogo não é fácil. Digamos que quando Felipe Pires, do Moreirense, pegou na bola na esquerda, fintou um jogador e puxou para o meio para um remate à figura de Denis, todos ficaram surpreendidos, porque as duas equipas pareciam ter acordado não criar o mínimo de perigo nos primeiros 45 minutos.
Foi mesmo assim, uma primeira parte que não deixou saudades, de muita luta e deixando a certeza que o segundo tempo seria certamente melhor.
E foi mesmo melhor (não era complicado). O Gil Vicente melhorou na exploração do jogo pelos alas e foi aproveitando uma exibição muito pobre do Moreirense em quase todos os aspectos. A equipa de Peixoto teve muitas dificuldades em jogar entrelinhas e ainda mais a jogar pelos flancos, como pareceu ser a vontade principal.
Vamos então aos golos, que acabaram por ser o único motivo de algum calor numa tarde muito fria. O primeiro veio no melhor momento do Gil no jogo. Um canto, Lucas Mineiro sobe ao segundo andar e atira ao poste, com Rúben Fernandes a estar no sítio certo para marcar na recarga. Já o segundo golo, o do empate, surgiu vindo do céu, com um erro de Denis
Verdade seja dita, César Peixoto mexeu com o jogo depois de estar a perder. Trocou três peças e a equipa ficou mais alegre. Ainda assim, o resultado prático disso tudo foi...um canto. Um canto e um erro impressionante de Denis que, ao socar a bola, a colocou dentro da própria baliza. E foi isto que o Moreirense fez em termos ofensivos na reação à desvantagem.
Acaba por ser um jogo estranho este em Moreira de Cónegos. O Gil não foi brilhante, longe disso, mas, ainda assim, certamente que saiu da partida com «azia» por ter perdido dois pontos, quando não viu o adversário ter uma verdadeira ocasião de golo. Denis apenas teve verdadeiro trabalho num lance e...custou dois pontos.
Se o jogo teve poucos motivos de perigo junto das duas balizas, foi também pela boa organização defensiva. Ricardo Soares e César Peixoto prepararam bem os momentos de organização defensivos, mas faltou o resto...
Desde de toda a primeira parte, à incapacidade ofensiva e de construção do Moreirense, ao erro de Denis. Tanta coisa podia ter sido escolhida para aqui...Mas vamos apenas dizer que a partida de Moreira de Cónegos não será certamente uma das escolhidas pela Liga para promover o futebol português.
Arbitragem sem erros graves, mas com demasiado apito. Ainda assim, arbitragem positiva.