Vai embalado o Moreirense de Ivo Vieira. Depois de um triunfo histórico no Estádio da Luz, os homens - assim mesmo, apesar da juventude - de Moreira de Cónegos receberam e bateram o Portimonense de Folha que caiu imenso no segundo tempo e elevaram para três o número de vitórias consecutivas, algo inédito na história do clube. Como jogam bem à bola...
Amarrado. Amarradíssimo, até. A primeira parte do duelo não foi das piores já vistas, é certo, mas não entusiasmou muito por culpa de duas formações cautelosas e coesas em todos os sectores. O Moreirense ameaçou nos primeiros minutos, com algumas aproximações, mas era nas bolas paradas que estava o segredo...
Acontece que o Moreirense, com uma pressão em bloco bem efetuada, lá chegou ao golo. Nenê, nas alturas, a canto de Pedro Nuno, abriu o ativo através de um belo golpe de cabeça. O brasileiro emulou MacGyver, conseguiu desamarrar um jogo difícil e levou no bolso a vantagem dos visitados para os balneários. A experiência fazia a diferença...
Se a experiência deixou a sua marca na primeira parte, a juventude cresceu no segundo. Muito Moreirense numa belíssima reentrada em campo que só não foi coroada logo nos minutos iniciais porque o pontapé de bicicleta de Pedro Nuno desviou num defesa algarvio.
Do lado visitante, a ansiedade e a preocupação tomavam conta da equipa que demonstrava alguma precipitação no momento da saída de bola. Os extremos não conseguiam dar profundidade e a equipa acabou por se ressentir imenso - a excelente organização defensiva do Moreirense não ajudou. Jackson ainda viu um golo ser-lhe anulado por fora de jogo e Jhonatan, para além de uma ou outra ocasião, viu as tentativas passarem longe da sua baliza.
Assim prosseguiu o encontro - com várias lesões, diga-se - até ao apito final. Mais três pontos para o Moreirense, equipa interessante esta que tão bem mistura a juventude com a experiência. Um caso sério, muito sério...