Espinho sabia onde estava a brecha para desmoronar o castelo

O Boavista voltou aos triunfos ao conseguir, no Bessa, bater o Vitória SC. A equipa de Jorge Simão respondeu bem ao desaire nas Aves e superou o conjunto de Pedro Martins, muito macio em termos ofensivos.

Depois de se assistir à habitual picardia entre adeptos, que entupiu uma das entradas do estádio antes do jogo, passou-se para um jogo igualmente intenso, mas com sinal mais para o Boavista.

A equipa de Jorge Simão controlou o jogo e ganhou a batalha do meio-campo (que diferença faz David Simão, sem dúvida). Mesmo assim, o ascendente que se viu no jogo intermédio não se traduziu numa grande superioridade de oportunidades. Ambos os guarda-redes tiveram alguns sustos na primeira parte, ainda que não o suficiente para se dizer que esse período merecia golos.

Jorge Simão escolheu Rui Pedro para o ataque, só que o português foi presa fácil para um Vitória que, na sua retaguarda, procura estabilizar com Pedro Henrique e (que bom vê-lo novamente) João Afonso. Foram, isso sim, Kuca e Yusupha os elementos mais ágeis, se bem que com Raphinha, do outro lado, a não ficar nada a dever.

Mas era escasso. Por isso, ao intervalo Pedro Martins lançou Miranda e Sturgeon.

O jogo vitoriano teve finalmente um elo de ligação e melhorou, sem dúvida. Só que, se significou mais bola, nem por isso trouxe frutos.

Pelo contrário, foi numa fase de menor fulgor que o golo axadrezado chegou, num bom remate de Fábio Espinho.

Os vimaranenses precisaram de ir à procura da resposta e viram o adversário recuar, mas com segurança nesse processo. Compacta, a equipa de Jorge Simão resistiu às investidas para a área e segurou a vantagem e os três pontos.