Sem grandes brilhantismos, mas com total justiça. Assim se conta a vitória do Sporting de Braga sobre o Vitória de Guimarães, por 2x1, resultado que deixa os comandados de Abel Ferreira em posição europeia, depois de um início de campeonato com três derrotas. O Vitória ainda chegou a empatar a partida, depois de um erro de Matheus, mas a equipa de Pedro Martins nunca se mostrou suficientemente forte para chegar à igualdade. Hassan e Paulinho com duas cabeçadas, decidiram a contenda.
Foi um início de jogo com mais posse e domínio territorial do Sporting de Braga. Os homens da casa, com um João Carlos Teixeira a assumir a batuta do jogo, tinham mais bola, mas, curiosamente, a primeira equipa a assustar foi o Vitória. Apesar do susto, os comandados de Abel Ferreira tinham mais bola, descobrindo as soluções para travar um Vitória mais na expectativa.
Os homens da casa começaram a empurrar o Vitória para a sua zona defensiva e, apesar dos lances perigosos não surgirem com a mesma proporção desse domínio territorial, pressentia-se que o golo poderia surgir - o coletivo de Pedro Martins nunca conseguiu afastar a bola (e o jogo) da sua zona defensiva. E ele acabou mesmo por surgir... Cruzamento de Sequeira, com Paulinho a mergulhar para o golo, perante um Konan mal posicionado.
O golo não fez bem à equipa da casa. Os arsenalistas deixaram o Vitória crescer, e ainda que a equipa de Pedro Martins não elevasse muito a sua qualidade de jogo, a verdade é que bastou uma transição para os vimaranenses empatarem. Braga apanhado em contra-pé, Raphinha a rematar para o empate, com Matheus a ficar mal na fotografia - o guardião brasileiro não está num bom momento.
Quando todos pensavam que o intervalo ia chegar com uma igualdade, apareceu o outro avançado do Braga, novamente de cabeça. Cruzamento de Esgaio, e Hassan, com um Jubal surpreendido, a restabelecer a vantagem. Intervalo, com justiça no marcador.
Depois do golo no cair do pano da primeira parte, o Braga entrou adormecido. O Vitória, por outro lado, apareceu mais pressionante, com outra objetividade atacante. Ainda assim, os lances perigosos continuaram sem aparecer com a frequência que Pedro Martins queria.
A segunda parte foi correndo, num ritmo claramente mais lento, e as oportunidades teimavam em não aparecer. Pedro Martins colocou carne no assador vitoriano, mas as bolas chegavam com pouca qualidade. Do outro lado, Abel foi fechando o meio-campo, terminando o encontro sem qualquer avançado - sentiu-se um Braga cansado no segundo tempo. Estratégia que, apesar de tudo, deu resultado. O jogo acabou com vitória bracarense. Está bonita a luta entre os dois rivais do Minho.