Novo líder na Liga NOS. O Benfica recebeu e venceu, esta segunda-feira, o Braga, no encontro que encerrou a 5.ª jornada do campeonato português. As águias entraram algo adormecidas no encontro, mas rapidamente arrancaram para uma vitória tranquila. Pizzi e Mitroglou apontaram os golos, Júlio César foi determinante entre os postes, Rosic ainda reduziu, mas a liderança isolada não fugiu das mãos do tricampeão nacional.
É verdade que o primeiro lance de grande perigo pertenceu ao Benfica. Kostas Mitroglou, corria ainda o minuto 1, recebeu a bola de Salvio e, aproveitando a falta de oposição bracarense, atirou a rasar o poste da baliza de Marafona. Mas, a bom rigor da verdade, os primeiros cinco minutos foram claramente dominados pelo Braga, que, aproveitando erros crassos de Fejsa (3 minutos) e de Lisandro (4 minutos), podia ter inaugurado o marcador na Luz.
Se no primeiro lance, Hassan falha escandalosamente o alvo, no segundo Júlio César faz uma excelente intervenção a remate do irreverente Pedro Santos, que teve uma exibição muito apagada na Luz.
O Benfica reagiu, o Braga baixou o ritmo, fruto também da forte pressão das águias, e os lances de perigo junto à baliza de Carlos Marafona passaram a ser uma constante. Primeiro Salvio (10 minutos) rematou com selo de golo, mas o guardião dos minhotos brilhou entre os postes; seguiu-se Grimaldo (20) e Gonçalo Guedes (21), mas sempre com o mesmo protagonista: Marafona voltou a negar, aqui, o golo ao Benfica.
O Benfica sufocava por completo os minhotos, aproveitando bastante o flanco esquerdo, onde Grimaldo e Pizzi revelavam profunda sintonia. E foi nos pés do lateral espanhol que o primeiro golo da partida começou a ser desenhado. Grimaldo jogou em Pizzi, com o internacional português a servir (de calcanhar) na profundidade Gonçalo Guedes, que cruzou rasteiro para Mitroglou fazer o gosto ao pé. Remate perfeito do avançado helénico, num lance em que Baiano e André Pinto se desorganizaram por completo.
Até ao intervalo, o Braga ainda teve a oportunidade de chegar ao empate, em duas ocasiões, mas o Imperador Júlio César fechou a sete chaves a baliza encarnada. Primeiro travou remate do mano mais velho Horta e depois foi gigante a travar cabeceamento de André Pinto, em cima do apito de Jorge Sousa.
A segunda parte arrancou com o mesmo tónico do primeiro tempo: Benfica mais pressionante, Braga mais relaxado e com muitas dificuldades em chegar ao último terço do terreno. Sempre que o conseguiam, a equipa de José Peseiro acabava por decidir (muito) mal.
Os encarnados continuavam a carregar e aos 49 minutos quase ampliavam a vantagem. Livre de Guedes para defesa soberba de Marafona. Aos 70 minutos, Pizzi cai na área bracarense e fica a ideia de que deveria ter sido assinalada grande penalidade a favor do Benfica. Três minutos volvidos, Mitroglou tenta o passe, Douglas Coutinho faz um atraso involuntário, ficando a bola à mercê de Pizzi. O camisola 21 não desperdiça, embora, mais uma vez, fique no ar novo erro da equipa de arbitragem por pretenso fora de jogo de Pizzi.
O Braga não resistiu ao segundo e aos 77 minutos recebeu a machadada final. Cruzamento na esquerda de Pizzi e cabeceamento de Mitroglou (voltou a bisar frente ao Braga) para o fundo das redes dos arsenalistas.
Até ao final, Zé Gomes esteve perto de ampliar a vantagem, mas acabaria por ser o Braga a reduzir. Canto na esquerda apontado por Wilson Eduardo com Rosic, sem oposição sobre a linha da pequena área, a saltar para desviar de cabeça para o fundo das redes de Júlio César.
3-1 | ||
Kostas Mitroglou 27' 78' Pizzi 74' | Lazar Rosic 90' |
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Jorge Sousa até começou muito bem a partida, sem grandes sobressaltos, mas na segunda parte existem, pelo menos dois casos, em que fica a ideia de que o árbitro portuense podia ter decidido melhor. Primeiro existe um alegado penalty sobre Pizzi e depois um pretenso fora-de-jogo no segundo golo dos encarnados, da autoria de Pizzi.
O avançado helénico divide o prémio com Pizzi. Foram eles os principais obreiros do triunfo das águias diante o Braga. Maior destaque para Mitroglou, que depois de dois jogos afastado por lesão, regressou e marcou por duas vezes. Notável!
Longe daquilo que tem demonstrado neste arranque de temporada. O extremo dos minhotos raramente conseguiu levar a melhor sobre Grimaldo (que grande exibição do lateral espanhol!) e não consegui, por conseguinte, aquilo que todos esperavam: marcar a diferença.