O Sporting recebeu o Boavista em jogo a fechar a 23.ª jornada da Liga NOS. A pantera entrou decidida em fazer frente ao leão que se apresentou dormente e desorientado. Pressionado com a vitória do Benfica em Paços de Ferreira e a consequente ameaça à liderança isolada, o leão não tardou em acordar e caçou a pantera ainda antes do intervalo.
Tal como Erwin Sánchez prometeu, o Boavista não iria apresentar-se com medo no palco de Alvalade mas com ambição de conquistar um bom resultado. Dito e feito. Os axadrezados entraram bem e a pressionar, obrigando o Sporting a jogar no seu meio-campo.
A mesma ambição não pertencia aos verde e brancos. Sem bola para mandar na partida, pressionados, muito precipitados e com muitos erros nas situações ofensivas. Era assim que se apresentavam em campo os comandados de Jorge Jesus.
No um para um, quem ganhava o duelo mais vezes eram os axadrezados que iam tomando por controlado o sentido do encontro. Ainda que sem criar grande perigo à baliza de Rui Patrício. Porém, o suficiente para destabilizar a formação leonina.
Se o leão se apresentou nervoso e sem ambição, o mesmo acabaria por mudar. O Sporting começou a aparecer aos poucos na partida, mas sempre permitindo o Boavista jogar.
Os verde e brancos cresciam no encontro e aumentavam as chegadas à área dos axadrezados mas ainda com muitas cerimónias. Sem linhas de passe e com poucas desmarcações, os leões estavam atrapalhados no que tocava à finalização.
Os axadrezados começaram a baixar o rendimento e o Sporting tinha acordado. O inevitável acabou por acontecer aos 37 e aos 44 minutos. Ewerton abriu o marcador e Bryan Ruiz, de livre direto, fez o segundo permitindo os leões sair para o intervalo em vantagem.
Mesmo em desvantagem, os axadrezados não baixavam os braços. Com a vantagem por dois golos no bolso, a formação leonino deixou-se «relaxar» e o Boavista aproveitava para ameaçar a baliza de Rui Patrício.
Ainda que com menos força que na primeira parte, as panteras ganhavam confiança e voltavam a crescer no jogo, protagonizando algumas ocasiões de golo. A dar tudo por tudo, os comandados de Erwin Sánchez obrigaram algumas intervenções do guardião leonino mas Rui Patrício esteve à altura e manteve a baliza caseira imaculada.