Todos nós sabemos que as quedas (aqui deve ler derrotas) doem no corpo bem mais que na alma. No Vicente Calderón, palco propício a quedas dos adversários, foi o Atlético de Madrid a dar um "trambolhão" perante o Benfica. Alma, coragem, espírito de equipa e uma chama imensa explicam a vitória dos encarnados.
O jogo do Atlético passava quase sempre por pressionar o Benfica em zonas subidas e obrigar a equipa de Rui Vitória a perder a bola. Samaris e André Almeida lutavam pelo domínio territorial, contando com o apoio de um Jonas que recuou muitas vezes em auxílio dos companheiros da zona mais defensiva.
Na equação tática encarnada faltava, sobretudo, um pouco mais de lucidez e tranquilidade no jogo exterior a atacar. A defender, Eliseu teve algumas dificuldades para segurar Griezmann e Ángel Correa (ia caindo muito no seu flanco), mas foi segurando os adversários; para tal, também foi valendo o esforço de Nico Gaitán no apoio. Do outro lado, Óliver não dava descanso a Nélson Semedo que ia tendo também ele o apoio de Gonçalo Guedes em tarefas defensivas.
Rui Vitória pedia concentração aos seus jogadores, Simeone queria ainda mais intensidade e rapidez na circulação de bola. Ambas as equipas "cheiravam" o golo (o Atlético bem mais). E seriam os espanhóis que acabariam por marcar primeiro. Aos 23', os rojiblancos meteram velocidade na circulação, Juanfran descobriu Griezmann que deu de primeira para Ángel Correa bater Júlio César.
#ATLxSLB: Ao 4.º jogo não disputado na Luz esta época, o SLB marca o seu 1.º golo. #playmaker #UCL
— playmaker stats (@playmakerstats) 30 setembro 2015
Com o golo, o Benfica viveu alguns minutos de sufoco colchonero, onde podia ter sofrido mais golos, mas conseguiu da melhor forma sacudir a pressão. E de que maneira. Aos 36', Nélson Semedo cruzou para a área, houve um corte de cabeça e a bola sobrou para Nico Gaitán rematar forte, de primeira, para o fundo das redes de Oblak, fazendo o primeiro golo fora, esta temporada, em jogos oficiais. A festa (e que festa) foi, então, dos adeptos benfiquistas que, além dos cânticos e festejos, começaram a atirar tochas encarnadas, obrigando mesmo a organização do jogo a pedir calma.
O Benfica estava na frente e os cerca de três mil benfiquistas presentes nas bancadas do Vicente Calderón faziam a festa. A perder, o Atlético lançou uma forte ofensiva à baliza encarnada mas Júlio César mostrou segurança. A equipa de Rui Vitória estava obrigada a sofrer em campo para tentar sair de Madrid a sorrir. Sofreu, cerrou fileiras, até podia ter chegado ao terceiro mas acabou por sair com o mais importante: a vitória e a liderança isolada no grupo.