Foi num relvado em péssimo estado que o Benfica conseguiu o primeiro ponto na fase de grupos da Liga dos Campeões. Numa partida onde Gaitán deu nas vistas, a expulsão de Lisandro López condicionou as águias nos últimos minutos, numa altura em que os de Jesus estava bem melhor que os de Leonardo Jardim. Benfica acabou com a margem de erro. Se quiser continuar na prova, tem que ganhar os jogos que faltam.
O Benfica entrou mal no jogo. Intranquilo na defesa, encolhido no ataque, desligado entre os setores, a equipa das águias foi facilmente anulada entre linhas por um Monaco mais móvel, com Moutinho muito ativo e com a relva a ser o único entrave a um golo madrugador de Ocampos que parecia certo.
Fechadas essas fontes de construção, a equipa monegasca pôde depois explorar as debilidades defensivas das águias. Eliseu voltou a mostrar intranquilidade, Lisandro acusou a pressão da estreia europeia (foi melhorando com o correr do tempo) e o resto ressentia-se, com André Almeida a tentar ser o bombeiro de serviço.
O despertar de Gaitán e o 'adormecer' de Berbatov
A meia hora de jogo trouxe uma inversão nos acontecimentos. O Monaco mostrou dar cedências físicas perante a estratégia de pressão alta que estava a fazer até então, sobretudo porque Toulalan afrouxou bastante o seu ritmo.
Goalless so far between @AS_Monaco and @SL_Benfica. Who will strike first in this one? #UCL pic.twitter.com/66JvtcLA2L
— Champions League (@ChampionsLeague) 22 outubro 2014
Mas não foi só isso a contribuir. Dimitar Berbatov lesionou-se a fazer um remate e teve que sair, numa altura em que Nico Gaitán começava finalmente a abrir o livro das anotações para a equipa francesa, que é novamente apontada como seu potencial destino, caso o contrato com o Benfica não seja renovado.
Foi neste período de final da primeira parte que as águias chegaram finalmente com perigo à baliza de Subasic, ainda que com pouca quantidade de lances de perigo. Em todo o caso, era o melhor período do Benfica, que conseguia jogar com mais espaço no meio-campo contrário e construir na direita, como tão hábito costuma ser.
A segunda parte trouxe uma maior divisão de domínio a meio-campo, mas um Benfica mais fulgurante. Gaitán continuava a encantar, embelezando um desafio que não era abundante em qualidade.
O espaço na zona central aumentou e o Benfica conseguia fazer aquilo que melhor sabe: transições em alta rotação. Só que o problema continuava a ser o relvado, intermitente e inimigo da eficácia nesse tipo de futebol.
#MONxSLB: Com 1 ponto em 3 jogos na #UCL, o SLB foi sempre eliminado (06/07 e 12/13). #playmaker #champions
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Por sua vez, o Monaco também cresceu, atuando com mais um elemento e chegando finalmente com perigo à baliza de Artur Moraes, o que não acontecia desde os primeiros minutos do desafio.
Empate que não seria um mau resultado para o Benfica, mas que o é, pois tratou-se do primeiro ponto em três jogos e, para passar, precisará de ganhar os três últimos jogos.