Ouçam bem: eles estão nos quartos!

Foi há quatro anos. A última vez que o FC Barcelona esteve presente nos quartos de final da Liga dos Campeões remonta a agosto de 2020 - a edição da pandemia, onde acabaram massacrados pelos Bayern Munchen.

Agora, quatro anos depois, voltam a marcar presença, depois de vencer o Napoli por 3-1, na segunda mão (depois do 1-1 em Itália).

A força da juventude 

Xavi escolheu três jovens para entrarem no onze inicial para enfrentar o Napoli. Autênticos miúdos - que o diga Pau Cubarsí que, aos 17 anos, fez o seu primeiro jogo na Liga dos Campeões e esteve dentro de campo como se de um autêntico graúdo se tratasse.

Para lá disso, o jogo em si demorou bastante tempo para arrancar - tanto que o golo surge depois de 15 minutos sem qualquer emoção. Muitas faltas, muitas paragens, mas o tento certeiro de Fermín Lopez trouxe alma e o seguinte de Cancelo deu esperança. Em apenas dois lances consecutivos, os blaugrana tiveram outro alento no encontro.

Os jovens, esses, deram outro ar. Lamine Yamal já é bem conhecido, mas Pau Cubarsí mostrou-se como uma analogia à segurança necessária na defesa.

À passagem da meia hora, Politano chegou até perto da linha de fundo, pela ala direita, cruzou e Rrahmani apareceu no centro da área a rematar na passada para golo. Deu vida aos azzurri que se viam em tarefa difícil.

Na segunda metade, não houve um domínio claro, à semelhança da primeira parte. Passou por ser apenas um «toma lá, dá cá» sem grandes oportunidades de golo.

Lamine Yamal ainda tentou fazer o gosto ao pé, mas a posição irregular em que se encontrava traiu-o de forma abrupta. Para compensar, a muito pouco tempo do final, o suspeito do costume apareceu. Robert Lewandowski voltou a fazer o gosto ao pé e selou a passagem à fase seguinte.

Chegou o tempo de colocar as mágoas para trás. A época difícil do Barcelona transpareceu na emoção das bancadas e dos próprios jogadores no apito final desta segunda mão. As lesões, os momentos... Tudo isso ficou para trás durante minutos. Agora, chegou o tempo de Xavi tentar alcançar a meia-final que o Barcelona não vê desde 2018/29.