Não atirar a toalha ao chão

SC Braga e Vizela. Duas equipas com ambições muito distintas e com estados anímicos, também, completamente diferentes. Bracarenses procuram não desistir da luta (ainda muito viável) pelo pódio, enquanto o Vizela procura sobreviver e não desistir da luta pela manutenção.

Do lado da casa, o SC Braga, apesar da vitória moralizadora na última partida, conta com várias adversidades exteriores - técnico Rui Duarte, recorde-se, vive um momento muito delicado após o falecimento do filho mais velho e Roger Fernandes, um dos destaques do clube minhoto esta época, foi afastado para os sub-23. 

«Fico doido com esta situação»

Do lado visitante, o estado anímico é bem mais nefasto. A equipa orientada por Rubén de la Barrera soma apenas uma vitória nos últimos oito jogos e tem sofrido muitas críticas por elementos importantes da cidade de Vizela. Primeiro, o presidente da Câmara de Vizela exigiu «esclarecimentos» à SAD vizelense e, depois, foi o presidente do clube a deixar duras críticas ao desempenho da equipa: «Vieram reforços e a equipa ficou mais fraca.»

Sobre o insucesso da equipa nesta temporada - Vizela é último classificado -, Rubén foi claro: «Se falamos de resultados, não podemos sentir orgulho no que foi atingido, em relação aos pontos. O processo não deu resultado. Eu fico doido com esta situação, porque sabemos o que trabalhamos e sabemos o tempo que dedicamos.»

Do lado da casa, Rui Duarte recusou comentar o «caso Roger» e destacou uma exigência de António Salvador: «O presidente pediu-me para trabalhar sério e exigir compromisso, que havia um objetivo ainda por conquistar.»

Os dados estão lançados e o fator histórico, importa sublinhar, dá vantagem evidente para os gverreiros: em 16 encontros, SC Braga soma 12 vitórias contra apenas três derrotas e um empate.