Quando há uma semana se oficializou a saída de Monchi do Sevilla FC para o Aston Villa, a notícia caiu de surpresa em quase todos os meios. Um dos diretores desportivos mais carismáticos - e mediáticos - dos últimos anos parecia estar confortável no seu clube, depois de ter regressado em 2019 ao Sánchez-Pizjuán após uma experiência menos conseguida na AS Roma.
Poucas semanas depois de mais uma conquista da Liga Europa (ver aqui o "Football Stories" do zerozero), o divórcio abrupto. E esta sexta-feira, Monchi falou aos jornalistas e sevilhistas e não poupou nas palavras.
«Continuo a pensar que isto é um pesadelo, que não é real, que não vou sair do Sevilla, mas infelizmente é uma realidade. Estou de saída do Sevilla e estou aqui para me despedir. Não é um adeus normal. Quero explicar, contar e revelar o porquê de deixar o Sevilla. E vou contar para defender a minha imagem e a minha integridade. Se eu não contasse, não seria capaz de olhar na cara de muitas pessoas aqui. Eu acho justo contar o que sinto», disse.
Na linha dessa justificação, Monchi quis deixar claro três motivos que lhe tinham sido apontados: «Não quero que aquilo que digo hoje seja usado como arma de arremesso contra ninguém, mas quero defender três coisas: que não queria sair do Sevilla; que saio por respeito ao Sevilla; e que eu não saio por dinheiro», justificou, antes de falar, objetivamente, do motivo da saída.
«Sou um diretor esportivo especial. Eu sou Monchi, para o bem e para o mal. Se as minhas funções mudaram, por respeito e para ser justo comigo mesmo, se eu não posso ser 100% Monchi, então não posso ficar por respeito ao Sevilla. Lutei internamente comigo mesmo para ficar. Até quarta-feira de manhã. Infelizmente não pude ficar», referiu.