Os estádios da Luz, do Dragão e de Alvalade foram confirmados como palcos do Mundial 2030. Numa cerimónia realizada na Cidade do Futebol, Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, confirmou as suspeitas que já existiam, no momento dos agradecimentos a Benfica, FC Porto e Sporting, bem como ao Governo e CM de Lisboa e Porto.
«Uma palavra, ainda, de agradecimento ao Benfica, ao Sporting e ao FC Porto, os estádios que irão acolher em Portugal os jogos do Mundial 2030, bem como à Câmara Municipal do Porto e de Lisboa, cidades sede da competição. Sem eles, e sem as demais entidades e infraestruturas de suporte, este projeto não seria possível», disse o dirigente máximo da FPF.
Também António Laranjo, coordenador da Comissão de Candidatura, discursou com vista ao esclarecimento de vários tópicos relacionados com a candidatura conjunta com Espanha, Marrocos, Uruguai, Argentina e Paraguai.
«Marrocos, Portugal e Espanha são três países admiravelmente diversos. Temos línguas diferentes, costumes e tradições diferentes. Mas está claro que temos muito mais em comum do que as diferenças que possamos encontrar, através do futebol. Foi assim que chegamos ao "Yalla, Vamos 2030. Este é o nosso ano" [nome do slogan]. O nosso logótipo representa os elementos-chave da nossa localização geográfica. O Sol, que faz com que os nossos países sejam os principais destinos turísticos do mundo. O mar que celebra as linhas costeiras que nos ligam. O futebol a paixão comum no coração dos nossos povos», explicou.
«Ambicionamos alcançar o nosso legado trabalhando em quatro pilares, de forma interligada: sustentabilidade, inovação, investimento e impacto social. Na sustentabilidade, queremos que o nosso Mundial seja o primeiro na história a ter um impacto positivo no ambiente, na água e na biodiversidade e que as suas práticas se mantenham no futuro da competição. Defendemos a mobilidade sustentável em transportes com baixa emissão de gases poluentes, como o transporte ferroviário», prosseguiu, antes de se referir aos investimentos.
«No pilar da inovação, tiraremos partido dos avanços digitais entre o setor tecnológico e o futebol. Que todos os adeptos, de todas as partes do mundo vivam de forma imersiva o futebol. No pilar do investimento, os nossos países reúnem infraestruturas com condições privilegiadas para a realização do Mundial 2030. Queremos que os novos investimentos sejam criteriosos, racionais e sustentáveis. A melhoria das infraestruturas de cada país promoverá o bem-estar das populações, económico e social», esclareceu ainda.
Sobre a hipótese de vir a receber a final do torneio, Laranjo negou o cenário de forma perentória: «Portugal não é candidato a ter uma final no Mundial. Senão terá, tem uma esperança muito grande em ter uma meia-final. O país que terá a final certamente deixará a meia-final para os outros dois.»