Chegou ao Benfica em 2013, vindo do Heerenveen a troco de seis milhões de euros, e com rótulo de grande promessa. Rui Costa deu-lhe, inclusive, a mítica camisola 10, seguindo a linhagem onde Aimar e ele próprio se inseria. Mas nada correu bem a Djuricic, que agora conta uma história que quase tinha outras proporções.
Em entrevista ao portal Sportklub, o internacional sérvio lembrou um episódio que remonta a dezembro de 2015, após o jogo contra o Rio Ave. Percebendo que, após muito tempo a aquecer, Rui Vitória optou por lançar outro jogador na última substituição, Djuricic rumou de imediato ao balneário, onde quase chegou a vias de facto com Rui Costa.
«Era suposto ser titular, mas comecei no banco. O treinador mandou-me aquecer muito cedo e manteve-me sempre em exercícios. Quando vi que ele chamou outro jogador para a última substituição, fui diretamente para o balneário. O Rui Costa viu-me porque os adeptos cumprimentaram-me quando passei e pensou que eu ia entrar no jogo. Apontou-me as culpas e foi também para o balneário. Houve uma discussão e o lendário capitão Luisão evitou o confronto físico. Foi a gota de água para mim.», destacou o médio que, à época, ficou sob alçada disciplinar do clube e acabou por sair.
Apesar do episódio ter acontecido na 'era Rui Vitória', Djuricic entrou no Benfica durante a 'era Jorge Jesus'. Um treinador que, segundo o próprio, não contava consigo, apesar de «ser projeto do clube».«No segundo treino, Jorge Jesus disse-me que não jogava com aquele tipo de médios-ofensivos e que eu seria a última opção para o meio-campo ou seria avançado. Fiquei em choque. O Matic disse-me para me concentrar e que o treinador queria realmente tirar o melhor de mim. Nem comecei mal, os primeiros seis meses foram bons, mas depois disso tudo foi por água abaixo e ele [Jorge Jesus] disse-me que era melhor ir para outro clube», lembrou.
Seguiram-se empréstimos a Mainz e Southampton e Djuricic acabou por nunca se afirmar na Luz, apesar das promessas de 'next big thing' do clube aquando da sua contratação.
«Estava perto de me mudar para o Ajax e, além disso, recebi várias ofertas de grandes nomes europeus, como Arsenal, Borussia Dortmund, Liverpool, Inter ou Milan. Optei pelo Benfica porque me parecia a melhor opção na altura. Era crucial que eu fosse um grande desejo do clube e do diretor Rui Costa. Ele convenceu-me a ir para Lisboa. Ele disse-me que eu ia ficar com a camisola 10. 'Depois de mim e do Aimar és tu, és a next big thing, com uma equipa que será formada em torno de ti', disse-me», confessou o agora jogador do Sassuolo.