Na celebração do centenário do clube, o Gil Vicente venceu o Farense por 2-0, num encontro em que ambas as equipas já tinham os seus objetivos assegurados. Na festa gilista - com mais de 6500 pessoas -, o início foi animado e os aniversariantes sorriram quando Igor Rossi entregou duas prendas que os deixou em vantagem. O segundo tempo foi mais relaxado, marcado por algum conformismo e pela incapacidade dos algarvios em serem mais acutilantes.
Com fim da temporada está próximo e as duas equipas com o objetivo-manutenção garantido, Gil e Farense entraram com ritmo na partida, sem o peso de pontuar às costas. Desde cedo, os gilistas - em dia de festa pela comemoração do centenário - mostraram-se bastante ofensivos e com ganas de marcar. Félix Correia e Dominguez esbarraram em Miguel Carvalho (suplente de Ricardo Velho), mas o guardião levou a melhor. Na resposta, Rafael Barbosa atirou à barra um remate colocado.
O Gil continuou pressionante, mais atrevido e chegou ao golo... logo em dose dupla, com Igor Rossi a ser a figura central do desastre defensivo dos algarvios. Primeiro, com um corte defeituoso, ofereceu o primeiro a Fujimoto. Depois, esperou que a bola viesse ter consigo e Murilo antecipou-se, assistindo Félix para o segundo golo. Na festa de aniversário do Gil, Igor Rossi trouxe dois presentes para Barcelos.
Mesmo após a vantagem de dois golos, os gilistas continuaram a aproveitar as deficiências defensivas da equipa de José Mota. Maioritariamente pelo corredor direito, Murilo e Félix (a partir da esquerda para o meio) foram, quase sempre os alvos dos ataques dos galos. Rafael Barbosa e Mattheus ameaçaram de longe para os leões de Faro, mas Andrew mostrou-se sempre bastante seguro.
O Farense entrou com uma atitude mais ofensiva no segundo tempo. Mais largura no jogo e a tentar empurrar o Gil para a sua baliza, mas no momento da definição a equipa pareceu sempre mais debilitada. Aliando isso a uma tranquilidade total dos comandados de Tozé Marreco, os problemas do Farense agravavam-se a cada minuto que passava. Mattheus continuou a tentar de longe, mas sem sucesso.
Com a serenidade que lhe era apanágio, os da casa partiram também algumas vezes em contra-golpe. Murilo - um dos mais velozes na transição - foi sendo constantemente lançado na profundidade e apenas o poste impediu o terceiro, sendo essa a melhor oportunidade até então.
Até ao fim, continuou a falta de capacidade do Farense variar o seu jogo, vivendo apenas de cruzamentos e bolas paradas, lances que os gilistas resolveram com relativa facilidade.
Feliz Correia foi a figura da partida. Um golo, muita irreverência e alegria nas pernas. Quer a pedir na profundidade, quer a lançar foi muito eficaz nas suas ações. A sua ginga não engana e esta temporada foi uma das figuras dos gilistas. Despediu-se dos seus adeptos, com o empréstimo a terminar, e foi muito ovacionado pelos mesmos.
Duas desatenções e. dois minutos e ficou borrada a pintura. O experiente central do Farense foi a figura da desorientação defensiva dos algarvios e ficou ligado aos dois golos adversários.
Arbitragem autoritária de Iancu Vasilica, que começou a distribuir cartões desde cedo. No segundo tempo, alargou o critério, sem apitar tanto.