A subida (provisória) ao pódio liderada pelo capitão

Encheu o campo do Estádio D. Afonso Henriques. Apesar da idade, o médio demonstrou a qualidade tantas vezes vista no nosso campeonato. Foi o principal motor ofensivo da equipa e culminou a exibição com uma jogada fantástica para o primeiro golo do encontro. Enquanto teve pilhas, raramente tomou um má decisão ou falhou um passe. Foi a tempo da assistência para o remate certeiro de Ricardo Mangas. Noite de mão cheia para o camisola 21, mesmo não marcando.

Assistiu aos 24 minutos. Marcou o segundo golo da equipa aos 78 minutos. Ricardo Horta foi absolutamente decisivo para a conquista dos três pontos em Guimarães. Além do impacto ofensivo e estatístico, o capitão fez jus à braçadeira que envergou e nunca deixou a equipa perder o controlo num ambiente adverso. 13 golos e 13 assistências em 2023/2024.

O camisola sete estava algo «apagado», mas o golo do empate deu-lhe outra vida em Guimarães. Finalizou de primeira um passe de Ricardo Horta e o festejo acabou por ser sinónimo de assobios constantes até ao apito final. Apesar de ser constantemente pressionado pelos adeptos do Vitória SC, foi um perigo constante e fez uso das suas principais qualidades para tentar algo mais. Ainda marcou o segundo golo, no entanto, o lance foi anulado devido a um fora-de-jogo de Abel Ruiz. Bom encontro.

O lateral voltou a estar a bom nível, desta vez no lado direito, pois tinha ocupado o lugar do lesionado Ricardo Mangas, entretanto de regresso ao onze inicial. Apareceu no coração da grande área para o 1-0 e, no restante encontro, somou várias ações com qualidade, tanto a nível ofensivo como defensivo. Uma locomotiva em grande forma e a ganhar cada vez mais confiança.

Foi, juntamente com Bruma, o principal perigo do SC Braga. Criou jogadas, tirou adversários da frente com fintas e ganhou vários metros com a bola nos pés. Saiu na reta final do encontro bastante fatigado, depois de um jogo sempre ligado à corrente. Testou os reflexos de Bruno Varela em mais do que uma ocasião, mas não teve a mesma sorte no duelo com o capitão do Vitória SC. 

Foi lançado na reta final do encontro, numa altura em que o empate era o resultado verificado no marcador. Numa das últimas jogadas, apareceu no sítio certo para executar um remate perfeito de pé esquerdo e de primeira. Decisivo para uma vitória importantíssima na casa do maior rival. O regresso a Portugal está longe de ser fácil, uma vez que sido algo inconstante a nível exibicional. O remate necessário?

O central acabou por ser o elemento mais intranquilo da defesa vitoriana. Falhou vários passes e ficou ligado ao golo contrário, pois o lance começa com um corte falhado da sua autoria. O SC Braga apercebeu-se desta debilidade e pressionou com insistência o erro do camisola 44. Melhorou ligeiramente no segundo tempo e cumpriu os 90 minutos.

Bem sabemos que o SC Braga ganhou, no entanto, Cristián Borja foi um dos elementos menos inspirados esta noite. Perdeu algumas bolas na primeira fase de construção e acabou por acusar alguma pressão. Tem estado em bom plano nesta temporada, mas hoje não foi dos encontros que recebeu nota mais.